Estudo sobre o uso racional de antimicrobiano é liderado pelo Hospital Universitário Cajuru
Pesquisa foi citada no periódico da Organização Mundial da Saúde e fortalece a inovação na área
Infecções resistentes a antibióticos estão se tornando cada vez mais frequentes, fato que preocupa profissionais da saúde ao redor do mundo. Por conta disso, é necessário atender as demandas dos serviços de saúde e a aliar inovação tecnológica aos avanços da Medicina. O Hospital Universitário Cajuru implantou um estudo sobre a prescrição racional de antibióticos com objetivo de tornar a gestão cada vez mais sustentável e assim diminuir a incidência de bactérias resistentes.
A pesquisa é liderada por Juliano Gasparetto, gerente médico do Hospital Universitário Cajuru e professor da Escola de Medicina da PUCPR, além dos professores Felipe Francisco Bondan Tuon e Thyago Proença de Moraes.
A primeira fase do estudo teve início em 2016 e resultou em uma economia de 300 mil dólares, em um período de 12 meses. Na segunda fase, com duração de 18 meses, o projeto gerou uma redução de aproximadamente 500 mil dólares. Atualmente, o trabalho da prescrição racional de antibióticos produz uma economia de 40 mil reais por mês para o Hospital.
Reconhecimento Internacional:
O trabalho foi citado recentemente em uma revisão sistemática sobre estratégias assistenciais para consumo racional de antibióticos em países em desenvolvimento, da Organização Mundial da Saúde: Bulletin of the World Health Organization em 2018, intitulado Mobile health application to assist doctors in antibiotic prescription – an approach for antibiotic stewardship.
Gasparetto, é importante dar visibilidade para as duas instituições. “É gratificante sermos reconhecidos mundialmente por trabalharmos na sustentabilidade do sistema público de saúde, permitindo uma distribuição mais humana e justa dos escassos recursos disponíveis”.
O Hospital Universitário Cajuru atende mensalmente cerca de 600 pacientes vítimas do trânsito. Além disso, recebeu mais de 50 mil pessoas socorridas por serviços de urgência e emergência em 2017. Já as consultas ambulatoriais ultrapassaram 80 mil no mesmo ano.
O estudo está disponível no site da OMS.