Foram quase 30 dias de trabalho para os acadêmicos da PUCPR Câmpus Toledo que participaram do hackathon Start Farm, uma jornada empreendedora voltada ao agronegócio. Como em todo projeto bem-sucedido, os dias de luta foram recompensados e três grupos de empreendedores tiveram suas ideias escolhidas como as mais inovadoras para o agronegócio.

Durante esse período, os acadêmicos foram desafiados a desenvolver soluções para as demandas reais das maiores cooperativas agrícolas do Estado que participaram dessa jornada criativa e tecnológica. Os estudantes tiveram contato com mentores das empresas C.Vale, Primato, Cooperativa de Crédito Sicoob e contaram também com o auxílio de professores da PUCPR Toledo, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) de Toledo, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Toledo, além do Senai e Sebrae.

Na abertura do Start Farm, que aconteceu em outubro, os inscritos foram apresentados aos problemas enfrentados pelas cooperativas e fizeram a formação das equipes de trabalho. Durante uma semana, foram realizadas oficinas sobre como desenvolver propostas inovadoras para os desafios. E no decorrer do hackathon, as mentes criadoras foram sendo esculpidas por profissionais especializados em empreendedorismo e agronegócio.

“O celeiro agrícola do Oeste do Paraná impressiona não apenas pelos altos índices de produtividade no campo, mas também por seu potencial humano. Foi exatamente esse potencial que surpreendeu os profissionais avaliadores do Start Farm. Acompanhamos o nascimento de ideias inovadoras, o amadurecimento do projeto e a viabilização de cada equipe finalista. Foi uma honra dividir conhecimento com essa moçada jovem que sai da universidade cheia de vontade de transformar para melhor a nossa sociedade”, ressalta o coordenador do curso de Agronomia da PUCPR em Toledo, André Prechlack.

Vencedores

O primeiro lugar foi conquistado pela equipe Seepagetec que desenvolveu um sistema de “Automação dos dados e aperfeiçoamento do Infiltrômetro de aspersão de Cornell”. O infiltrômetro capta informações sobre a dinâmica da água do solo, que é um dos indicadores mais importantes do desempenho agronômico e dos impactos ambientais. O grupo criou um sistema capaz de analisar com perspicácia os dados coletados. Os estudantes Bianca Rockenbach, Tainara Luana Engelmann, Reinaldo Kaminski Neto e Leomar Caetano de Oliveira receberam a premiação de R$1.000,00, além de 10h de consultoria do Sebrae e brindes.

“Acredito que a cooperação entre a equipe, que foi formada sem um contato prévio dos participantes, foi o ponto chave nesse evento. Pois participar de uma experiência de imersão em solução de problemas reais apresentados pelas empresas sem conhecermos direito nossa equipe foi um desafio enorme. Todos, porém, buscavam o mesmo objetivo, conseguir solucionar os problemas de maneira eficiente e inovadora.  Foi uma experiência enriquecedora com a possibilidade de networking com os responsáveis das empresas e demais instituições”, conta a acadêmica Bianca Rockenbach.

O segundo lugar foi para a equipe Águia – composta pelos acadêmicos Leandro Felipe Kuhn, Lelton de Araújo Rodrigues e Maiara Gabriela Fredrich – que desenvolveu uma planilha de dados e informações de danos das principais pragas e plantas daninhas das culturas de soja e milho. “Achei muito interessante os desafios passados para a gente e com certeza agregou no nosso conhecimento”, afirma Leandro Felipe Kuhn, acadêmico do 6º período do curso de Agronomia.

Em terceiro lugar ficou a equipe Agroset. Os estudantes, Julia Coppini Schuch, Rafaella Ramos da Silva e Rafael Elias Niedermayer, desenvolveram um kit de produtos que combinados identificam o teor de umidade do solo. “Foi uma experiência única. Eu nunca havia participado de algo parecido e que me fez perceber o quanto o mercado precisa de profissionais que pensem rápido, de forma ágil e que sejam flexíveis. Aprendi muito. Foi um evento espetacular que me enxergar a realidade das demandas do mercado”, conclui o acadêmico Rafael Elias Niedermayer.

Atendendo às inúmeras solicitações dos acadêmicos, a 2ª edição do Start Farm já está sendo formatada e deve acontecer entre 17 de agosto e 27 de setembro de 2022. “A projeção do evento foi extraordinária. Os estudantes que participaram da competição amadureceram profissionalmente, tiveram contato com problemas reais e foram vitrines para as empresas, abrindo assim um caminho para futuras contratações. O objetivo do hackathon, que era desenvolver o espírito inovador e empreendedor na comunidade acadêmica, foi alcançado com muito sucesso e entusiasmo”, conclui Edson Kaefer, professor de Agronomia da PUCPR e um dos organizadores do evento.