Nas palavras do Papa Francisco: “a velhice não é um tempo inútil, no qual a pessoa deva pôr-se de lado recolhendo os remos para dentro do barco, mas uma estação para continuar dando fruto: há uma nova missão, que nos espera, convidando-nos a voltar os olhos para o futuro.” É justamente esse o objetivo da ação social do Projeto Comunitário para os idosos, buscar a participação deles em atividades que possibilitem melhoria na qualidade de vida, assim como tem acontecido no Centro de Amparo aos Idosos Jesus Maria José (CAJEMA).

No local, aproximadamente 90 idosos estão sempre envolvidos em alguma ação e agora, com a presença dos estudantes do Projeto Comunitário, são mais possibilidades com intuito de aproximar, interagir e divertir, além de promover momentos de descontração e maior participação deles em diversas atividades, conforme destaca Marianna Bassa, estudante de Letras |Português-Inglês. “Nós fazemos diversas atividades recreativas, sempre tentando trazer algo diferente na rotina deles”.

No CAJEMA, a atividade com os idosos ainda está no início, mas de acordo com Henrique Maldonado, estudante de Engenharia Mecatrônica, eles estão bem animados. “Tem sido uma experiência bem bacana. Já fizemos bingo, caminhada, atividade de colorir, passeio e exercícios no parque. É um ótimo momento que podemos aproveitar a oportunidade para nos inteirar um pouco mais e aprender com eles algumas vivências”, falou.

Para Adriane Soraia Massola, educadora física no CAJEMA, a presença dos estudantes tem feito a diferença para os beneficiários da casa. “O resultado já na primeira semana tem sido ótimo. O formato da atividade, novas pessoas e ideias causa curiosidade e desperta mais vontade nos idosos em fazer a atividade, deixando-os mais ativos. A gente espera que o projeto continue, porque sempre traz um aprendizado tanto para quem está fazendo quanto para os moradores e isso faz muita diferença”, destacou.

Outras atividades que também contam com a participação de estudantes inscritos no Projeto Comunitário acontecem no Núcleo de Aprendizagem da Pessoa Idosa (NAPI), programa ofertado pela PUCPR. No local, acontecem diversas oficinas para os idosos e neste semestre, as ações sociais contam com o apoio dos estudantes para informática básica, fotos e vídeos no celular e oficina da memória. Milena Arguello Velo, estudante de Psicologia, falou como tem sido a experiência na atividade de fotos e vídeos no celular.

“Nós já falamos sobre privacidade, golpes, sites confiáveis, que são assuntos bem importantes sobre a vulnerabilidade dentro da internet. Também mostramos ferramentas mais básicas como whats, áudio, fotos, vídeos, mensagem de texto, instalação de aplicativos e digitalização de documentos”, explicou Milena. “É muito bom passar essas informações para essas pessoas que tem um conhecimento gigante perto da gente. E tem sido um aprendizado mútuo, pois a gente também aprende enquanto ensina”, complementou.

Para o aposentado Luiz Cotoski, de 77 anos, que está participando da oficina de fotos de vídeos no celular tem sido uma possibilidade de novos conhecimentos. “Pouca coisa eu sei, estou no início do curso ainda, tirando umas dúvidas. Quero aprender as coisas para uso no dia a dia, saber pelo menos o que a gente precisa, mais básicas, mas para aprender é bem difícil. Ter esse conhecimento é muito importante, pois quem sabe mexer no celular tem tudo na mão, é uma maravilha”, ressaltou.

Neste semestre, além das atividades já citadas, o Projeto Comunitário também conta com ações sociais voltada aos idosos, em parceria com as instituições: Asilo São Vicente de Paulo; Associação de Proteção à Infância Vovô Vitorino; Rotary – Lar dos Idosos Recanto do Tarumã e no Rotary – Senior’s Home.