PUCPR Londrina promove ação de conscientização sobre o Alzheimer
Estudantes do curso de medicina realizaram testes de memória, avaliações de fatores de riscos e tiraram dúvidas da comunidade a respeito da doença
No dia 1º de setembro, estudantes do curso de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Câmpus Londrina participaram de uma ação no Aterro do Lago Igapó para conscientização do Alzheimer. Foram realizados testes de memória, avaliações de fatores de risco e conversas para elucidar as características da doença.
Setembro Lilás, como é conhecido, é uma campanha que reforça a importância da conscientização da doença de Alzheimer, considerada uma crise global de saúde, de acordo com Alzheimer’s Disease International.
Os estudantes fizeram parte da ação promovida pela Febraz (Federação Brasileira das Associações de Alzheimer) e pelo Instituto Não Me Esqueças. Além dos atendimentos do curso de Medicina, o evento contou com palestras, gincanas e aulas de yoga.
“É fundamental a desmistificação da doença de Alzheimer tanto para idosos, quanto para jovens, já que a prevenção da demência deve ser iniciada antes mesmo de surgirem os sintomas”, comenta Lindsey Nakakogue, professora do curso de Medicina da PUCPR Londrina e responsável pela participação da Universidade na ação. “A comunidade se beneficia e nossos estudantes também, que podem colocar em prática o que aprendem na sala de aula através de um serviço gratuito”.
Sobre o Alzheimer
A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta o cérebro, levando a um declínio gradual nas funções cognitivas e na memória. Ela é a forma mais comum de demência, uma condição que afeta a capacidade de uma pessoa de pensar, lembrar e se comunicar de forma eficaz. A principal característica da doença de Alzheimer é a presença de placas de beta-amiloide e emaranhados de proteínas tau no cérebro. Essas alterações causam a morte das células nervosas e a perda de conexões entre elas, resultando em dificuldades com a memória, raciocínio e habilidades de resolução de problemas.
Os sintomas iniciais geralmente incluem perda de memória recente, confusão e dificuldade em realizar tarefas familiares. Com o tempo, a doença avança e pode levar a sérios problemas de linguagem, desorientação e alterações no comportamento e na personalidade. Eventualmente, as pessoas com Alzheimer podem precisar de assistência total para realizar atividades diárias.
Cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil convivem com alguma forma de demência e por ano são confirmados 100 mil novos diagnósticos. No globo todo, estima-se que 50 milhões de pessoas vivam com algum tipo de demência. Segundo a Alzheimer´s Disease International, a conta pode chegar em 74,7 milhões daqui apenas seis anos, em 2030, e em um cálculo maior para 2050, o número pode chegar em 131,5 milhões, visto o envelhecimento de grande parte da população mundial. Com o potencial de crescimento nos próximos anos e décadas, a doença já é caracterizada como uma crise global de saúde que precisa ser enfrentada.