Direito - 30 jun 2016

Júri simulado aproxima estudantes da realidade criminal em Toledo

Ação teve proposta inovadora e encerrou as atividades da disciplina do projeto integrador

Vários crimes foram julgados no Câmpus Toledo da PUCPR. Réus, advogados de acusação e defesa, promotores e juízes se revezaram na tarefa de ouvir testemunhas e esperar os jurados tomarem suas decisões. Essa foi a atividade da PUCPR Câmpus Toledo durante a ação de Júri Simulado realizado pelos estudantes do 5º período do curso de Direito.

Não faltou realidade na ação que analisou um homicídio qualificado, tentativa de homicídio e mais um furto. O ‘julgamento’ do caso real também mobilizou os estudantes do ensino médio do Colégio Alfa que foram os jurados.

De acordo com o promotor e professor da PUC José Roberto Moreira as turmas – da manhã e tarde – foram divididas. Os alunos do período da noite fizeram o papel do Ministério Público enquanto os demais a defesa. “O objetivo era desenvolver habilidades e competências nos estudantes, através de uma atuação num processo complexo” explica.

Dois alunos de cada turma foram selecionados para os respectivos papéis. Uma hora antes de começar o júri, foi sorteado mais um integrante, de modo que cada turma foi representada por três estudantes: três promotores e três advogados.

PROPOSTA INOVADORA

O júri encerra as atividades da disciplina projeto integrador. Conforme o professor e promotor de Justiça José Roberto Moreira, a atividade é mais uma oportunidade de colocar na prática o que os estudantes aprenderam com a teoria, diante de um enfrentamento de um caso complexo. Foram dois meses de preparação. “Os alunos estudaram o processo, buscaram orientações com os professores, fizeram ensaios e até pesquisas com médicos para entender o laudo policial”, reforça.

Para a coordenadora do curso de Direito, professora Tatiana Orlandi, o júri simulado “foi ótimo” e cumpriu à risca seu objetivo “que é o aprendizado do acadêmico e isto está sendo alcançado”. De acordo com ela, a proposta é oferecer “a formação integral do acadêmico com seu desenvolvimento não só na área criminal, mas em todas as esferas, em especial no que diz respeito a capacidade argumentativa”, finaliza.