Grupo de esudos das relações étnico-raciais indígenas
Novo grupo de estudos do Núcleo de direitos humanos sobre relações étnico-raciais e indígenas
A proposta do grupo de estudo sobre “relações étnico-raciais e indígenas” é problematizar e tensionar sobre o pensamento fronteiriço e os elementos que subsidiam os vieses da descolonialidade e a identidade. Os caminhos possíveis de ruptura e de tensionamento do velho legado da colonialidade que subjugava os africanos, seus descendentes da diáspora africana e indigenas à categoria de raça inferior. Esse tensionamento sugere que grupo de estudos como o que está sendo proposto segue caminhos contrários da assimilação, da democracia racial e da adaptação. O processo de ruptura terá que perpassar pelos matizes conceituais que conotaram durante séculos a dicotomia entre os indivíduos e com isso estabeleceram relações assimétricas de poder e valorização hierárquica de ideias. Autores como Théophile Obenga (1990), Edward Said (1995), Nkolo Foè (2008), Cheich Anta Diop (1981), Marcien Towa (1979), Frantz Fanon (2008) e Aimé Césaire (2010) se dispuseram a reinterpretar e retomar a iniciativa histórica a partir de uma narrativa emancipatória que exaltava “no protagonismo negro a única via possível para a descolonização política e mental das sociedades negras sob dominação ocidental” (CÉSAIRE, 2010, p.17). Acerca da ruptura do legado epistemológico eurocêntrico acadêmico da América Latina e dos Estados Unidos, alguns estudos propuseram vieses epistemológicos confrontando a hegemonia europeia, entre eles os de Enrique Dussel (1986), Aníbal Quijano (2000), Walter Mignolo (2003), Ramón Grosfoguel (2006), Nelson Maldonado–Torres (2008), Abdias do Nascimento (1968,1980). Estes autores assumiram uma perspectiva interpretativa e reinterpretativa baseados no discurso crítico da Filosofia da Libertação; do Multiculturalismo; do Quilombismo; das Epistemologias Descoloniais; da Diversidade; das Identidades Plurais; do combate ao racismo; da crítica ao Racismo Epistêmico; da crítica à colonialidade; da crítica à colonialidade do ser.