Otto Leopoldo Winck lança o seu segundo romance, Que fim levaram todas as flores
Depois de 13 anos de sua estreia literária com a longa narrativa Jaboc, Otto Leopoldo Winck lança o seu segundo romance, Que fim levaram todas as flores, publicado em parceria pelas editoras Kotter, de Curitiba, e Patuá, de São Paulo. O pré-lançamento é no dia 24 de outubro (quinta-feira), às 20 horas, no Mímesis Conexões Artíticas, na Rua Celestino Júnior, 189, em Curitiba. No dia 9 de novembro Otto Leopoldo Winck autografa a obra a partir das 16 horas no Gilda Bar e Restaurante, na Rua Cândido Lopes, 323, no centro de Curitiba – a banda Blackbird apresenta canções citadas na obra. Já em São Paulo o evento é no dia 23 de novembro (sábado), às 19 horas, no Patuscada Livraria, Bar & Café, na Rua Luís Murat, 40. Com 294 páginas, Que fim levaram todas as flores custa R$ 64, 90.
Que fim levaram todas as flores é um romance histórico que se debruça sobre os encontros e desencontros de três amigos, Ruy, Adrian e Elisa, que se tornam adultos no final da década de 1960, inicialmente em uma minúscula cidade do interior do Paraná e depois em Curitiba. A história desemboca no século 21, com os impactos da passagem do tempo na sociedade e na trajetória dos personagens.
No texto de apresentação do romance, a escritora Marcia Denser observa que a geração dos anos 60, recriada por Otto Leopoldo Winck, foi aquela que precisou romper totalmente com o passado e a tradição, ao mesmo tempo em que também foi a última que sonhou com a utopia absoluta. “No entanto, como todos sabem, o sonho foi breve, mas enquanto durou – um presente eternamente grávido de todo o futuro possível – ele foi bem real”, acrescenta Denser, autora, entre outros livros, de Tango fantasma: contos (1976) e Caim: sagrados laços frouxos (2006).
Que fim levaram todas as flores materializa o período em que é ambientado de várias maneiras, por exemplo, com listas de produtos comercializados em uma mercearia na década de 1960, gírias usadas na época, passando por discos, livros e nomes de rios, galerias e personagens curitibanos.
Para resenhistas, críticos e leitores de Curitiba, pode-se acrescentar: o mais recente romance de Otto Leopoldo Winck é o maior repositório ficcional já escrito sobre usos, costumes, dados e causos de uma Curitiba já perdida, no entanto ainda bastante presente nas frinchas da Curitiba atual.
Mas Que fim levaram todas as flores também é, sobretudo, ficção, literatura, artesania verbal, resultado de um trabalho rigoroso e minucioso com a linguagem e a estrutura narrativa – o romance ainda flerta, por meio de uma estratégia original, com a meta e a autoficção. A obra dialoga, por exemplo, com Tempo sujo, novela de Jamil Snege publicada em 1968, narrativa cultuada sobretudo por escritores – atualmente fora de circulação. Que fim levaram todas as flores também conversa com os grandes romances da tradição ocidental e estabelece pontos de contato com o grande arco cultural que perpassou os anos 60: da Jovem Guarda à Tropicália, de Marcuse ao Livro vermelho, do existencialismo ao movimento hippie, de Bob Dylan a Geraldo Vandré.
“A escolha de Otto é o grande painel com os rumos do pensamento e dos movimentos da época”, diz Marcia Denser, que não deixa de advertir: “Um aviso ao leitor: você não vai conseguir parar de ler”.
O autor
Otto Leopoldo Winck nasceu no Rio de Janeiro, capital, em 1967. Após uma passagem por Porto Alegre, radicou-se em Curitiba, em 1982. Doutor e mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná, em 2006 foi vencedor do prêmio da Academia de Letras da Bahia com o romance Jaboc, publicado no ano seguinte pela editora Garamond. Em 2012 foi o vencedor do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, na categoria poesia, e em 2017 lançou pela Editora Appris o ensaio Minha pátria é minha língua: identidade e sistema literário na Galiza – resultado de sua pesquisa de doutorado. Em 2018 a Kotter Editorial publicou Cosmogonias, a sua produção poética dos últimos cinco anos.
Atualmente, leciona na Pontifícia Universidade Católica do Paraná e no programa de pós-graduação stricto sensu da Uniandrade, em Curitiba.
Eventos em Curitiba:
Pré-lançamento: 24 de outubro (quinta-feira), às 20 horas, no Mímesis Conexões Artísticas, Rua Celestino Júnior, 189.
Lançamento: 9 de novembro (sábado), a partir das 16 horas, no Gilda Bar e Restaurante, Rua Cândido Lopes, 323 – a banda Blackbird apresenta canções citadas na obra.
Lançamento em São Paulo: 22 de novembro (sexta-feira), às 19 horas, no Patuscada Livraria, Bar & Café, Rua Luís Murat, 40.