O Centro de Tecnologia Celular (CTC/PUCPR), localizado no segundo andar do Bloco IV da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, realiza atividades com células-tronco adultas, manipuladas a fresco ou expandidas in vitro, para uso em pesquisa clínica e/ou terapia. Possui estrutura física adequada para manipulação de células e seus derivados em condições de Boas Práticas de Manipulação (BFP), corpo técnico altamente qualificado e treinado e segue todas as normativas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), RDC 214/2018, que dispõe sobre as Boas Práticas em Células Humanas para Uso Terapêutico e pesquisa clínica.
O Centro é formado pelos Laboratórios de Terapia Celular, Microscopia e Citogenética e Controle de Qualidade. Também possui uma central de material e esterilização, almoxarifado, sala de criopreservação e armazenamento e depósito de material e limpeza. O Biobanco de células-tronco mesequimais
armazena células provenientes de diversos tecidos e podem ser disponibilizadas para a pesquisa básica, pré-clínica e clínica.
O laboratório de Citogenética e Microscopia da PUC-PR conta com moderna infraestrutura. Possui uma sala de análise por microscopia confocal, outra sala equipada com microscópios ótico e de fluorescência com programas de captura de imagem para análise citogenética convencional e de FISH (Hibridização in situ por fluorescência), e uma sala com capela de exaustão química e fluxo laminar para preparo de reagentes e amostras, com a finalidade de garantir a qualidade de células a serem infundidas, além de outros tipos de análises, trabalhando dentro de princípios éticos e de normas e padrões de segurança.
O Laboratório de Controle de Qualidade (LCQ) está dividido em Citometria de Fluxo, Controle Microbiológico e Biologia Molecular. O laboratório de Citometria de Fluxo realiza os testes de viabilidade, caracterização, imunogenicidade e ensaio de inibição das células. Na sala de Controle Microbiológico são realizados os testes para a detecção de possíveis contaminações das amostras, células e reagentes. Conta com equipamento automatizado de alta sensibilidade para a detecção de bactérias e fungos e equipamentos para a detecção rápida de micoplasmas e detecção e quantificação de endotoxinas. Possui sala de Processamento onde são realizados os ensaios clonogênicos, as colorações e análises microscópicas. A Biologia Molecular, possui sala equipada para o preparo das amostras, sala de Pré-PCR com cabine de segurança biológica e espectrofotômetro para determinação da concentração e pureza do DNA, e sala de Pós-PCR equipada com termociclador e equipamentos para a separação e visualização do ácido nucleico.
Os Biobancos são plataformas de pesquisa compostas de amostras biológicas humanas e dados associados e atualmente são considerados uma atividade prioritária e estratégica para pesquisa. As células-tronco adultas têm sido amplamente estudadas trazendo novas perspectivas para a medicina regenerativa. Estas estão presentes em diversos tecidos do organismo adulto e participam do reparo do tecido danificado. As células-tronco mesenquimais (CTMs) ou estromais mesenquimais, podem ser utilizadas terapeuticamente devido às suas propriedades. Também são células pouco imunogênicas, ou seja, podem ser utilizadas em um transplante sem que haja necessidade de testes de compatibilidade. As CTMs podem ser isoladas de diversas fontes, como medula óssea, tecido adiposo, cordão umbilical, entre outras, e estão sendo amplamente estudadas como uma nova ferramenta terapêutica. A constituição de um Biobanco de CTMs na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Parecer CONEP N°012/2016), possibilita a rápida disponibilidade destas células, com alta qualidade, para serem utilizadas em ensaios de pesquisa básica, pré-clínica e clínica, contribuindo para o conhecimento dos mecanismos das doenças, novas terapêuticas e a formação científica de profissionais de saúde.
No LECC são desenvolvidos os projetos de pesquisa utilizando células-tronco animais e humanas. As células-tronco são de diversas fontes como medula óssea, sangue e cordão umbilical, tecido adiposo, polpa dentaria de dente decíduo e permanente e tecidos específicas como as cardíacas. Um dos objetivos da pesquisa básica é a melhor compreensão dos mecanismos biológicos, funcionais e moleculares das células-tronco e na pesquisa pré-clínica o tratamento de doenças pré-existentes ou em modelos animais. Os procedimentos com os animais são realizados no Laboratório de Diagnóstico e Cirurgia Experimental (LDCE).
O Laboratório de Diagnóstico e Cirurgia Experimental realiza projetos de pesquisa pré-clínica na área da medicina regenerativa atendendo a pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação. São realizados testes in vivo em modelos animais de doenças como: cardíaca, pulmonar, lesão medular entre outras, visando a compreensão dos mecanismos de ação da terapia celular na melhora do quadro clínico ou eventualmente a cura. Habitualmente utilizamos camundongos, ratos e coelhos, havendo possibilidade de uso de outros animais de pequeno porte. São realizados procedimentos cirúrgicos de indução a doença seguido do tratamento e de análises funcionais: monitoramento multiparamétrico dos batimentos cardíacos, pressão e oxigenação; acompanhamento fisiológico do exercício, capacidade respiratória e urodinâmica; de imagem por ultrassom, além da possibilidade da visualização e rastreamento por detecção de fluorescência e bioluminescência das células transplantadas, de forma não invasiva e em tempo real.