Células-tronco cultivadas requerem um rigoroso controle de qualidade, segurança e rastreabilidade para sua aplicabilidade, Um dos principais problemas em linhagens derivadas desse tipo celular é o aparecimento de instabilidades cromossômicas que poderiam explicar, pelo menos em parte, o potencial tumorigênico dessas células. A análise citogenética é crucial para a avaliação do potencial uso terapêutico dessas linhagens, porque analisa os cromossomos em número e estrutura.
O CTC/PUCPR realiza exames de cariótipo por bandeamento G (considerado padrão-ouro para este tipo de avaliação) em células-tronco cultivadas como, por exemplo, as pluripotentes induzidas e as mesenquimais de diversas origens, como medula óssea, tecido adiposo, cordão umbilical, geleia de Wharton e polpa de dente, além de outros tipos celulares.
As células que serão infundidas nos pacientes da pesquisa clínica precisam estar livres de qualquer tipo de contaminação microbiológica, seja ela bacteriana, fúngica, ou por endotoxinas. A contaminação das amostras pode ocorrer pela manipulação do material biológico, ou pelo uso de reagentes e insumos que possam estar contaminados. O CTC realiza todos os controles microbiológicos necessários das amostras e reagentes durante todo o processamento, cultivo das células até seu preparo para a infusão.
Estes controles são realizados por métodos automatizados, os quais permitem detectar a presença de bactérias, fungos, Mycoplasma e endotoxina de maneira muito mais sensível e precisa do que os métodos manuais. Como as células serão infundidas nos pacientes, o controle microbiológico das amostras é fundamental, pois uma vez que a amostra esteja contaminada, esta contaminação poderá desenvolver efeitos adversos nos pacientes que a receberem. É conduta do CTC descartar qualquer material que venha a estar contaminado não sendo assim, infundido nos pacientes.
A citometria de fluxo é uma técnica que permite avaliar simultaneamente várias características de células ou partículas biológicas suspensas em meio líquido, por meio de um sistema de fluxo contínuo à medida que em que passam por um feixe de luz. As células são incubadas com anticorpos de membrana ou intracelulares conjugados à fluorocromos. Com o uso de diferentes fluorocromos, é possível identificar marcadores celulares de acordo com a intensidade da fluorescência. Proteínas intracelulares e solúveis em amostras de sobrenadante de cultura, soro e plasma também podem ser quantificadas de forma simultânea utilizando beads de tamanho e fluorescência conhecidos. As amostras são adquiridas no Citômetro de Fluxo e analisadas por um software.
O Núcleo de Tecnologia Celular da PUCPR oferece exames de viabilidade, apoptose e proliferação celular, quantificação e caracterização de células e quantificação de citocinas pelo sistema CBA kit ou Flex Set. Outros testes podem ser realizados mediante discussão prévia com os responsáveis pela Plataforma de Citometria de fluxo.
A diferenciação celular das células-tronco mesenquimais (CTM) depende do equilíbrio entre o ciclo celular e o comissionamento dessas células com uma determinada linhagem. A diferenciação das CTM pode ser alcançada por meio de diferentes técnicas, que podem ser utilizadas em separado ou conjuntamente, envolvendo múltiplas vias de sinalização. Acredita-se que os mecanismos que controlam a diferenciação das CTM sejam influenciados por um conjunto diverso de fatores de crescimento, receptores, moléculas de sinalização intracelular e fatores de transcrição.
O Núcleo de Tecnologia Celular da PUCPR oferece o serviço de diferenciação adipogênica, condrogênica e osteogênica de diferentes fontes de células-tronco mesenquimais. A diferenciação em outros tipos celulares pode ser realizada mediante discussão prévia com os responsáveis.