Business Lab

O Programa Business Lab (“Laboratórios de Negócios”) consiste em projetos integradores realizados por grupos interdisciplinares de estudantes da Escola de Negócios (EN), com foco na prática empresarial e visando o desenvolvimento de competências, sobretudo as transversais da EN, a saber: Investigação Sistemática, Atuação Sistêmica, Empreendedorismo e Inovação, e Liderança Transformadora.

Os projetos são integradores em dois sentidos: por envolverem os saberes adquiridos nas disciplinas cursadas ou em curso; e por mobilizar em cada equipe, estudantes dos diversos cursos da Escola.

O Programa consiste em quatro projetos, que acontecerão respectivamente nos 2º, 4º, 5º e 6º períodos, cada um com carga horária de 100 horas e duração de um semestre. Cada projeto tem um tema e está relacionado às competências “comuns” da EN.

Os Business Lab e seus temas são:

A sequência dos Business Labs simula um ciclo empresarial, que inicia com empreender um negócio, passa pelo desafio de entender e diagnosticar a saúde da organização, de inovar para resolver problemas do negócio, e finaliza com um novo ciclo de crescimento, operando em ambientes cada vez mais complexos. São construídos para reproduzirem a complexidade de atuação no ambiente empresarial. Desta forma, são espaços para desenvolvimento de competências como: mobilização de saber, saber-fazer e saber-ser para resolução de problemas complexos.

Tem como foco “sensibilizar para empreender”. Inspira-se em um projeto da Babson College, que estimula o empreendedorismo mediante atividades práticas desde as séries iniciais.

Consiste em atividades e oficinas que levam as equipes interdisciplinares a constituírem um negócio real, com oferta de produtos e serviços. Ao longo do semestre, os estudantes geram ideias para empreendimentos, concebem o modelo de negócios com uso de metodologias como Business Canvas, planejam as iniciativas e buscarão recursos e formas de viabilizar o empreendimento.

No Business Lab 1, além de experimentar o que é empreender, os estudantes têm oportunidade de mobilizar e aplicar saberes adquiridos no primeiro ano do curso, interagindo com colegas de formações distintas, enriquecendo suas experiências.

Os estudantes trabalham, sobretudo, as competências Criatividade, Negociação, Atuação Sistêmica e Empreendedorismo e Inovação.

Cria espaço para que os estudantes possam elaborar diagnósticos sistêmicos e propor soluções práticas a problemas organizacionais reais, com orientação de professores. São também desenvolvidos por equipes interdisciplinares com estudantes dos diversos cursos da EN.

Para ajudar os estudantes a lançar este olhar sistêmico sobre a empresa, trabalha-se com o referencial conceitual e instrumental no Business Lab II, o Modelo de Excelência em Gestão (MEG), proposto pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), por sua vez inspirado em modelos internacionais relacionados à qualidade em gestão.

O MEG considera que uma organização existe para atender um conjunto de clientes (1), interagindo dentro da sociedade (2); por meio de sua liderança (3), concebe estratégias e planos (4), mobilizando pessoas (5), construindo e executando processos (6), gerando e trabalhando informações e conhecimentos (7), para gerar resultados sustentáveis (8). Assim, propõe-se os critérios mediante os quais deve-se avaliar a qualidade de gestão de uma organização: 1. Clientes, 2. Sociedade, 3. Liderança, 4. Estratégias e Planos, 5. Pessoas, 6. Processos, 7. Informações e Conhecimento, 8. Resultados.

Pela lógica do MEG, faz-se um diagnóstico da organização olhando esses oito critérios e, por meio de evidências e assessment, atribui-se uma pontuação às práticas organizacionais. A vantagem de se utilizar o MEG é prover um referencial integrador, que permitirá aos estudantes perceberem a inter-relação entre as diversas partes componentes de um negócio.

Para realizar esse trabalho são selecionadas empresas reais, que se submetem ao diagnóstico e depois recebem, além desse resultado, sugestões de melhoria para adequação do seu negócio às boas práticas de gestão, sendo estimuladas a implementá-las, com apoio dos estudantes. As sugestões dadas são, no geral, de ações localizadas, envolvendo aspectos pontuais nas dimensões analisadas e de complexidade intermediária, pois ainda os estudantes ainda se encontram em fases iniciais da formação.

No Business Lab II, à semelhança do primeiro, os estudantes mobilizam e aplicam saberes adquiridos relacionados à série que cursam, também interagindo com colegas de formações distintas e enriquecendo sua experiência. Trabalhando, sobretudo, as competências Investigação Sistemática, Atuação Sistêmica, e Empreendedorismo e Inovação.

O Projeto Business Lab III é parte componente do Programa Business Lab da Escola de Negócios. Trata-se de uma proposta diferenciada de integração conceitual e de desenvolvimento prático do currículo dos cursos de graduação da Escola de Negócios, que busca a integração de saberes e desempenhos na formação de competências comuns na Escola como um todo, integrando horizontalmente e verticalmente formações das suas quatro áreas de formação (Administração, Marketing, Ciências Contábeis e Economia).

No Business Lab III os estudantes são desafiados a desenvolver propostas inovadoras para problemas empresariais dispostos, exercendo a análise, a criatividade, o planejamento e a defesa de propostas com postura ética e argumentos consistentes. Utilizam o modelo da Inovação Aberta, proposto pelo Prof. Henry Chesbrough, da Universidade de California – Berkeley. Empresas convidadas irão apontar problemas para os quais necessitam de soluções inovadoras e os estudantes, em equipes concorrentes, irão analisar o problema, propor soluções e defendê-las em exposição pública, com banca julgadora formada com representantes da empresa.

São selecionadas empresas reais, que trazem problemas empresariais como o lançamento de um produto, a implantação de um sistema de custos, a implementação de um projeto de gestão de pessoas (como um plano de cargos e salários), entre outros. A ideia é que sejam projetos localizados, não envolvendo a empresa como um todo, ainda que seu impacto deva ser analisado em diversas áreas do negócio. São problemas de complexidade intermediária, já que os estudantes ainda se encontram em fases iniciais da formação, porém também não são problemas simples, engajando esforço de uma equipe interdisciplinar trabalhando sobre ele ao longo de um semestre letivo.

Neste projeto, equipes escolhem os desafios a abordar e competem entre si no atendimento desses. As empresas disponibilizam as informações necessárias para o desenvolvimento das soluções e os estudantes desenvolvem estudos, pesquisas, benchmarkings e outros levantamentos de informação para desenvolver propostas de solução baseadas em metodologias, frames conceituais e boas práticas de mercado.

Ao final do semestre, as equipes apresentam suas propostas de soluções para a empresa, de modo que a organização possa escolher a que julgar melhor ou compor uma nova solução a partir da mescla das propostas.

O Business Lab 3 trabalhará, sobretudo, as competências Atuação Sistêmica, Empreendedorismo e Inovação, e também Liderança Transformadora, dado que supõe capacidade dos estudantes não apenas de propor ações, mas de influenciar os empresários a implantá-las, verificando ainda o quanto isto faz a diferença para melhoria em aspectos organizacionais.

Expõe os estudantes à situação de atuação em um ambiente empresarial complexo, por meio de um jogo de empresas que mescla elementos digitais e presenciais. De modo mais específico, também divididos em equipes interdisciplinares, os estudantes deverão assumir diversos papéis em uma simulação empresarial. A simulação contém diversas empresas, compostas por estudantes dos diversos cursos da Escola, disputando mercado em um ambiente de forte concorrência; em paralelo às empresas concorrentes, existirão stakeholders, como consultorias em análise contábil e financeira (formadas por estudantes de Ciências Contábeis), consultorias em estratégia de marketing e relacionamento com o mercado (formadas por estudantes de Marketing) e consultorias em análise de risco (formadas por estudantes de Economia), além de BOVESPA, banco de investimento e conselheiro investidor em papéis ocupados por professores.

O jogo apresenta diversas rodadas, em que os “estudantes executivos” devem tomar decisões referente a finanças, investimentos em marketing, pesquisa e desenvolvimento, operação, logística, pessoas, produção, responsabilidade social e impostos internacionais. Estas decisões são tomadas em um software de simulação e, de acordo com suas decisões e a das empresas concorrentes, terão resultados melhores ou piores. O jogo é dividido em três etapas importantes: na etapa preparatória, os estudantes são agrupados em equipes (de acordo com os papéis) e aprendem a utilizar a ferramenta de simulação; na etapa de simulação, as equipes online atuam na simulação de mercado em rodadas que representam anos fiscais, enquanto interage com o ambiente off-line (consultorias e assessorias); na etapa de resultados, as equipes online e off-line analisam os resultados do jogo e apresentam síntese sobre os impactos das decisões e relações nos resultados.

O jogo também prevê que, após 4 rodadas, as empresas devem abrir seu capital, o que significa que deverão montar uma estratégia e, mediante “road shows”, apresentar seus objetivos para grupos de potenciais acionistas (representados pelo papel Banco de Investimento). Tais acionistas, após deliberação, irão manifestar ou não interesse na aquisição de ações, o que ajudará na fixação do preço de lançamento das ações. Será feito então um IPO (Initial Public Offering) no qual estas empresas irão captar recursos para financiar suas estratégias e continuar sua operação.

Business Lab Talk

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