Destaque - 13 abr 2018

Jovens simulam as limitações corporais dos idosos

Adolescentes “envelhecem” 50 anos e testam o equilíbrio e seus movimentos em laboratório da PUCPR

Estudantes do ensino médio testaram nesta quarta-feira (11) as limitações que a idade impõe aos idosos. Com o auxílio de vestimenta especial e uma plataforma, os jovens simularam movimentos e o equilíbrio como se tivessem pelo menos 50 anos a mais. A simulação ocorreu no Laboratório de Motricidade Humana da PUCPR.

A ação marcou o Dia Nacional da Biomecânica, celebrado em 11 de abril, que tem o objetivo de estimular o conhecimento e despertar a curiosidade em relação a pesquisas sobre como nosso corpo se movimenta.

“A biomecânica engloba ciência, tecnologia, engenharia e saúde. Com esta vivência, conscientizamos os jovens sobre os cuidados necessários para que envelheçam com saúde e que tenham a percepção sobre a limitação que os idosos ao seu redor têm”, afirma o pesquisador Eduardo Mendonça Scheeren, professor do curso de Educação Física e do programa de pós-graduação em Tecnologia em Saúde da PUCPR.

Vilmar Heinzen Junior, 16 anos, participou da atividade. Um colete curvou a coluna e limitou o quadril. Outras peças firmaram as articulações dos cotovelos e joelhos. Pesos nos braços e tornozelos deixaram o corpo mais pesado e uma máscara reduziu a capacidade de visão. “Agora eu sei como é difícil ser idoso. Não sabia que os movimentos eram tão limitados assim. É difícil para subir uma escada e sentar em uma cadeira”, diz. Os equipamentos costumam ser usados no Centro de Simulação Clínica, da Escola de Medicina.

Estudante é equipada para vivenciar as habilidades de um idoso.

Conscientização

Os jovens ainda receberam orientações para envelhecerem com saúde. O ortopedista Antônio Krieger, do Hospital Marcelino Champagnat, ressaltou que tudo que fazemos com o nosso organismo hoje será sentido com o avançar do tempo, destacando a importância de manter uma alimentação saudável e o corpo em movimento. “O sedentarismo é devastador para a saúde. Na medicina, tentamos trabalhar mais com prevenção do que com tratamento. Preservar mais as nossas articulações e a nossa massa magra ocasionará menos limitações e menor rigidez para fazer atividades do dia a dia”, afirma Krieger.

Fotos: Jorge Olavo.