Da PUCPR para a Sorbonne Université
O amor de André pela natureza e pela ciência nasceu ainda no Ensino Médio, e o levou a estudar em uma das universidades mais tradicionais do mundo
André Heisler descobriu sua paixão por Biologia e Química ainda no Ensino Médio. Filho de um pai pediatra e uma mãe enfermeira, o rapaz sempre soube que tinha um pé na área da saúde, mas não era exatamente aquilo que queria. Foi durante o cursinho que ele ouviu falar sobre Biotecnologia pela primeira vez, e então descobriu a área que combinava tudo que ele sempre gostou. “Um professor comentou o assunto em uma aula e comecei a pesquisar sobre como era, quais eram as disciplinas do curso, e falei ‘é isso que eu quero fazer’”.
André formou-se em Biotecnologia na PUCPR em 2016, e durante o curso ficou ainda mais encantado com a gama de possibilidades de atuação na área. Logo após a graduação, o rapaz emendou um mestrado para estudar a área de Bioética, também na PUCPR. Mas ele não parou: novos conhecimentos o aguardavam em 2020, mas dessa vez, na Sorbonne Université, da França.
“Desde a graduação, eu sempre quis estudar fora. Eu sabia que era algo que eu faria em algum momento da minha vida, mas aconteceu de uma forma totalmente diferente do que eu imaginava”, ele conta. André se casou no ano passado, logo após o fim do primeiro mestrado, e o casal decidiu buscar uma nova vida em Paris. A ideia era candidatar-se para Sorbonne apenas no ano seguinte, mas com a pandemia, os planos se adiantaram. “Eu ficava grande parte do tempo em casa, estava estudando bastante francês. Aí pensei ‘por que não tentar esse ano?’”. Alguns dossiês e entrevistas depois, veio a aprovação de André.
As aulas do programa em Biologia Molecular e Celular da Sorbonne começam em setembro. O mestrado tem duração de dois anos, e o biotecnologista pensa em se especializar na área de imunologia durante a segunda metade do curso – uma área que o interessa desde a graduação. Na PUCPR, André estudou sobre testes e diagnósticos para pacientes com doenças raras, e pensa em seguir esse caminho. “Tive que ler muito sobre a realidade das pessoas que tem essas doenças, e eu gostaria de trabalhar com a parte molecular de doenças genéticas”, explica.
Aos 26 anos, André tem planos ambiciosos para o futuro. Após o mestrado em Sorbonne, ele quer continuar estudando, e adoraria fazer doutorado e até pós-doutorado. Depois de se inserir no mercado de trabalho francês, provavelmente em institutos de pesquisa ou na área da indústria, André pretende levar todo o conhecimento adquirido para a academia, e se tornar professor. “Quero ter a formação e a experiência que agreguem os valores necessários para trabalhar na universidade, para poder levar essa bagagem e motivar os estudantes que estão começando”.
Toda a vontade de aprender que motiva André vem da sua forte ligação com a natureza e com as pessoas. Para ele, a ciência é sua forma de trazer algo novo, interessante e que agregue valor para a sociedade. “A ciência me motiva muito, eu coloco nela a minha vontade de fazer um mundo melhor”, conta. O biotecnologista acredita que a combinação entre o conhecimento e o diálogo é a chave para uma qualidade de vida melhor para todos.
André bem sabe o quanto uma formação inspiradora é importante no início da vida profissional. Onde quer que esteja, ele sempre se lembra dos seis anos que passou dentro da PUCPR com muito carinho. “A Universidade foi minha segunda casa. Sempre que estou em Curitiba tenho que passar lá, porque amo muito. O ambiente e os professores tiveram muita influência no profissional que eu sou hoje”, relembra.