Dia do Psicólogo: quais são as possibilidades de atuação e diferenças com outros profissionais?
Além da psicologia clínica, profissionais da área podem atuar em outros contextos, mas ainda existe confusão com alguns termos
No dia 27 de agosto é comemorado o Dia do Psicólogo. Este é, resumidamente, é o profissional que observa o comportamento humano no nível individual, coletivo ou institucional e intervém com o objetivo de trazer mais qualidade de vida para as pessoas. Nos últimos 12 meses, além de um aumento de mais de 100% em buscas como “psicólogo online”, no Google, consultas relacionadas a este tema como “qual a diferença entre psicólogo e psicanalista?” e “qual a diferença entre terapeuta e psicólogo?” também cresceram, o que demonstra um interesse maior por este profissional.
Mas quais são as possibilidades de atuação para quem cursa Psicologia? E quais as diferenças, de fato, entre essas profissões?
Áreas de atuação e o mercado para psicólogos
Primeiramente, para ser psicólogo, é necessário cursar uma graduação. Na PUCPR o curso dura 5 anos e está disponível em todos os câmpus: Curitiba, Maringá, Toledo e Londrina. A professora Thaise Löhr Tacla, coordenadora do curso na PUCPR Câmpus Curitiba, explica que “o curso de Psicologia busca capacitar os estudantes para que se tornem aptos a analisar e intervir no âmbito psicológico, para garantir a saúde mental e bem-estar dos indivíduos”.
Durante a graduação em Psicologia, o estudante tem contato com os diferentes tipos de comportamento e todas as faixas etárias para poder escolher sua especialidade no futuro. “O psicólogo olha para as relações humanas, atuando, geralmente, quando há um problema, o que ocorre em diferentes espaços sociais”, observa Marcos Garcia, coordenador do curso de Psicologia da PUCPR Câmpus Londrina.
Nesse sentido, é possível atuar com Psicologia Ambiental, que se ocupa do comportamento humano no meio ambiente, com Psicologia Organizacional, que trata das relações entre as pessoas no ambiente de trabalho, Psicologia Educacional e, também, Psicologia Clínica, que é a mais conhecida pelas pessoas, entre outras áreas possíveis. Garcia também comenta que o ensino da psicologia abarca todos as possibilidades da profissão. “No final do curso, o estudante tem competência para planejar sua carreira, argumentar, falar e analisar os processos psicológicos, para ser pesquisador, e para implementar processos de intervenção”, enumera.
Thaise acrescenta que a profissão está em desenvolvimento e precisa de profissionais qualificados. Com o cenário atual de pandemia, inclusive, os psicólogos ganharam destaque. “Essa situação gera sentimentos diversos nas pessoas. Após o término da pandemia, o mundo será diferente e será necessário desenvolver soft skills como flexibilidade, inteligência emocional, criatividade, entre outras”, observa a coordenadora.
E qual a diferença entre psicólogo e terapeuta, por exemplo?
Existem diferentes palavras e “cargos” que se confundem com a profissão do psicólogo, no uso corriqueiro da língua portuguesa, mas que são bastante diferentes, na prática . Confira as definições de cada um:
- Terapeuta: este termo é mais amplo e se refere a pessoas que atuam com as chamadas terapias alternativas, como reiki, aromaterapia, florais de Bach, etc. Essas práticas não têm qualquer relação com a Psicologia e não são averiguadas pelos conselhos regionais da categoria, como ocorre como os psicólogos.
- Psicólogo: é o título dado a quem fez uma graduação em psicologia e tem o diploma. Considerando o item anterior, o termo que descreve o tipo de terapia praticada por psicólogos, especificamente, é “psicoterapia”;
- Analista: é um termo genérico que pode dizer respeito a analistas de qualquer área, e não exatamente à psicologia. Nesse sentido, poderia significar Analista de TI, Analista Financeiro, Analista de Comunicação, entre diversos outros exemplos;
- Psicanalista: é o título dado a alguém que faz uma pós-graduação em psicanálise. Porém, não é necessário ser psicólogo para isso. Pedagogos, por exemplo, também podem se especializar nesta área. Apesar de não ser uma escola da psicologia, a psicanálise foi “adotada” por ela por conta do método, que pode ser útil à prática clínica;
- Psiquiatra: psiquiatria é uma especialidade da Medicina e não da Psicologia.