Profissionais formados pela Escola de Educação e Humanidades da PUCPR trabalham em várias regiões do país
Eles compartilham com seus alunos os aprendizados desenvolvidos na Universidade
Egressos da Escola de Educação e Humanidades (EEH) da PUCPR estão trabalhando em várias cidades do país. De cursos das áreas de exatas a humanas, os profissionais lecionam em instituições públicas e privadas compartilhando o que aprenderam como estudantes na Universidade e têm orgulho de fazer parte deste processo de ensino de jovens.
Além disso, o lifelong learning (aprimoramento constante) é algo muito valorizado pelos profissionais e pelo mercado de atuação.
Conheça a trajetória de cinco desses profissionais:
Inspirado pela profissão da mãe, Clay Adriano Dariva escolheu o curso de Matemática
Para ele, a possibilidade de ajudar na educação também foi outro fator determinante. Durante o segundo ano do curso ele já começou a trabalhar na área, desde 2004 é concursado da rede estadual e desde 2011 trabalha no ensino superior.
Ir para outra cidade
Ele mudou de cidade no final de 2007 e foi para a região de Cascavel por causa do trabalho de sua esposa, que é jornalista. “A partir de então, minha carreira como professor melhorou muito e me ajudou a chegar aonde estou hoje. Sou professor do ensino médio e superior por aqui”.
Novos desafios
Entre as dificuldades de morar em outra cidade, ele comenta sobre a incerteza do desconhecido e o recomeço. “Não conhecia ninguém e nenhuma escola, porém, tinha a certeza de que se corresse atrás daquilo que queria daria tudo certo e foi o que aconteceu”, conta.
Já entre as dificuldades na profissão, ele comenta sobre a necessidade de aprender a lidar com as diversas situações presenciadas em sala de aula e que é fundamental ter jogo de cintura para contornar as adversidades e saber gerir as diferentes situações em sala de aula. “Me orgulho muito da carreira que escolhi. Na faculdade que trabalho, no curso de agronomia, com as disciplinas de cálculo e física, já recebi três homenagens em formaturas”.
Para Clay, a carreira de docente é uma missão e ele acredita que fez um bom trabalho ao longo desses anos, principalmente pelo aprendizado e serenidade adquiridos durante as aulas.
Conheça o curso de Matemática da PUCPR
Guilherme Henrique Schinzel soube aproveitar as oportunidades da sua multiversidade
Guilherme ingressou no curso de Física na PUCPR em 2010 e concluiu a graduação em 2016. Nos primeiros anos do curso ele participou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) com a professora Dra. Neuza Bertoni, e em 2012 realizou um intercâmbio por meio do Ciência Sem Fronteiras.
Ele escolheu a área da física por gostar muito de ciência. “Acredito que podemos ter um mundo melhor quando as pessoas conhecem os fenômenos que acontecem ao nosso redor”, pontua.
Ir para outra cidade
Quando Guilherme se casou em 2017, foi morar em Brasília e no ano seguinte entrou no Mestrado na Universidade de Brasília (UnB). Entre os desafios enfrentados durante a mudança, ele conta sobre a insegurança de não encontrar emprego. No entanto, quando chegou na cidade já tinha uma vaga para ele. Além disso, o calor típico de Brasília também foi um desafio.
Lifelong Learning
Lecionando em 3 escolas: uma na rede pública do Distrito Federal e outras duas particulares, sua rotina de trabalho é bem corrida. Para continuar se especializando, ele está aguardando para entrar no Doutorado.
Ele também acredita que profissionais que buscam aprimoramento constante conseguem se recolocar rapidamente. “O mercado para os professores de física é muito bom para aqueles que se especializam e amam o que fazem. Acredito que por isso consegui me adaptar rapidamente aos processos pedagógicos praticados no DF”.
Conheça o curso de Física da PUCPR
Felipe Taborda de Lima optou por cursos que instigam o pensamento crítico dos estudantes
Felipe estudava História na PUCPR e por causa de uma dependência na matéria de sociologia ficou encantado com a área e decidiu migrar para o curso de Ciências Sociais. Desde pequeno ele tinha interesse pelo ambiente escolar e o fato de sua mãe e sua tia serem professoras também influenciou a escolha pela docência.
A perspectiva humana e crítica são características em comum dos cursos feitos por Felipe. “São componentes intelectuais que trazem um processo reflexivo de mundo, e que infelizmente são conhecimentos pouco valorizados pela sociedade, mas cá estou, juntamente com muitos colegas nesta luta”.
O desejo da mudança
A rotina corrida de aulas em algumas instituições de Curitiba e cursinhos foi interrompida pelo isolamento durante a pandemia. Nesse tempo, Felipe e sua esposa decidiram morar na praia com o filho, ainda bebê, para estarem mais presentes na vida dele. Durante esse período, Felipe começou a se questionar sobre morar em um local tranquilo.
Quando conversou com um colega de trabalho sobre a vontade de morar em Jaraguá do Sul, esse amigo fez a ponte para que a mudança de escola. Assim, Felipe deixou as escolas que atuava na capital e foi morar em uma cidade menor e trabalhar no Colégio Marista São Luís.
Entre os desafios estavam encontrar uma nova casa e realizar a mudança em plena pandemia (2020) seguindo todos os protocolos de segurança e com poucas pessoas ajudando. A adaptação no trabalho foi tranquila e atualmente Felipe leciona componentes de história, sociologia, filosofia e atualidades.
Ele também é professor titular, que é como um conselheiro, das turmas de segunda e terceiras séries do ensino médio. Apesar da rotina intensa, ele ainda concilia seus estudos de especialização na área de gestão e educação.
O ato de educar
As experiências adquiridas ao longo dos anos em escolas (públicas e particulares), confessionais e sociais, somadas às especializações na área de direitos humanos e da educação fortalecem o seu sentimento de amor e orgulho pela profissão escolhida. “Educar os jovens me encanta, passar-lhes a minha ‘ignorância’ para que estes coloquem em prática muito destes conhecimentos humanos num futuro próximo é esperançoso – sou um idealista –, acredito na transformação pela educação, e acredito que a educação mereça uma transformação para que o pensamento crítico, a alteridade e um mundo mais justo seja possível”.
Ele também explica que história e ciências sociais são áreas que estimulam o senso crítico. “São saberes intrínsecos a não aceitação dos problemas deste mundo, mais do que nunca, a juventude merece ter acesso a esse tipo de conhecimento, o futuro é deles. Tenho orgulho e esperança, e a experiência que obtive na minha formação se consolida cada dia nas minhas práticas profissionais”.
Conheça o curso de História da PUCPR
Filosofia acompanhou Vanderlei da Silva Mendes da vida religiosa para a docência
Quando ingressou na Universidade, Vanderlei seguia a vida religiosa e cursava Filosofia na PUCPR. Mesmo após sua saída da congregação, ele continuava encantado com o curso. “Acredito que a mudança das pessoas se dá pela informação e pelo conhecimento. Durante os estágios, percebi meu encantamento pela educação”.
Terminada a graduação, ele foi morar no sul de Santa Catarina, em Içara, mas voltava a cada quinze dias para Curitiba por causa da Pós-Graduação em Filosofia.
Retornando para a sua cidade
Quando decidiu sair da vida religiosa, Vanderlei retornou a sua cidade de origem, onde formou novos laços profissionais, foi aprovado em um concurso público e constituiu a sua família.
Entre os desafios superados durante o período da mudança, a falta de conhecimento dos ambientes foi um deles. “Eu vim de uma pequena cidade no interior de Santa Catarina e pouco conhecia além das cidades vizinhas”.
A rotina de trabalho é dividida entre três instituições de ensino: uma estadual e duas escolas particulares. Além disso, ele também leciona em um cursinho pré-vestibular. Vanderlei sabe a importância de estar em constante aprendizado, por isso, ele faz Doutorado em uma das instituições que trabalha.
“Toda essa experiência de mudança me fez amadurecer como ser humano, repensar conceitos e quebrar paradigmas que só quem vive numa cidade do interior entende. Além disso, também tive uma formação numa instituição séria e comprometida que fez toda a diferença na minha carreira profissional”.
Conheça o curso de Filosofia da PUCPR
Além da docência, graduados na EEH podem atuar em cargos administrativos/estratégicos; conheça a trajetória de Fabrício Ferraz de Araújo
Fabrício Ferraz chegou em Curitiba em 1998, por intermédio dos padres Rogacionistas. No processo formativo para a “vida religiosa” era preciso cursar filosofia e o envolvimento de Fabrício com as aulas, bem como o aprofundamento dos temas filosóficos acabaram gerando alguns questionamentos, principalmente sobre a continuidade no seminário. Por isso, em 2000 ele decidiu sair da vida religiosa, mas continuou cursando Filosofia na PUCPR.
Quando ele e outros jovens deixaram o seminário, passaram por algumas dificuldades para se manterem na cidade. “Não tínhamos nada e nossas famílias não tinham muitas condições de ajudar. Sempre que ligava para casa, dizia que estava tudo certo, mas passamos alguns apertos”.
Eles alugaram uma casa perto da PUCPR e iam andando até a universidade. Para ajudar nas contas do mês e custear a faculdade, que antes era paga pelos padres, Fabrício trabalhou de garçom em uma casa de shows. Porém, ao perceber que o trabalho noturno estava prejudicando seu rendimento acadêmico, mudou de emprego e foi trabalhar em uma revistaria dentro de um mercado. “Lá eu ganhava bem menos, mas tinha tempo para estudar e estava rodeado de livros”.
Retornando para a sua cidade
Concluída a faculdade, ele volta a morar com os pais na Bahia e leciona em uma cidade pequena. No entanto, por causa de algumas questões políticas locais, decide morar em outro lugar. Fabrício então recebe um convite para trabalhar em uma escola religiosa no Ceará, o que colabora ainda mais para sua saída.
Nesse período, ele também foi aprovado em um concurso público para fazer parte do quadro efetivo de professores da rede estadual. Como a carga horária de filosofia não era suficiente, Fabrício também lecionava história e sociologia. Por isso, fez especialização em Sociologia e História pela Universidade Regional do Cariri. “Tive uma formação muito boa na PUCPR, mas essa especialização também me ajudou bastante. Recentemente fiz um Mestrado em Gestão e Avaliação da Educação Pública, pela Universidade Federal de Juiz de Fora”.
Aprendizado além da sala de aula
Desde 2016, ele atua em uma Coordenadoria Regional de Educação. Inicialmente trabalhou como Superintendente Escolar, e depois foi designado para atuar como coordenador de uma equipe na regional, orientando a Célula de Desenvolvimento da Escola e da Aprendizagem (CDEA), que acompanha o trabalho da gestão escolar em vinte e duas escolas, nos dez municípios que formam a regional.
“A minha formação ajuda a conduzir os processos de forma mais humanizada, ela ampliou as minhas possibilidades, fez com que eu fosse capaz de compreender melhor o meu campo de atuação. Quando assumi, consegui desburocratizar algumas coisas que atrasavam os processos. Desenvolvi também uma facilidade para administrar conflitos”
Para ele, a filosofia forneceu as ferramentas necessárias para a sua atuação. “No curso de Filosofia da PUCPR tive a oportunidade de ter uma formação sólida, proporcionando uma compreensão dos principais problemas que envolvem as grandes questões da humanidade e isso tem contribuído de uma forma muito significativa sobre as escolhas que tenho feito na vida e nos caminhos que trilhei até aqui”.
Conheça o curso de Filosofia da PUCPR
Os cursos da Escola de Educação e Humanidades proporcionam a possibilidade de atuação em várias áreas: docência, supervisão, pesquisa, cultura e atuação direta.
A PUCPR, guiada pela excelência no ensino, busca formar profissionais com conhecimentos que vão além do conteúdo do curso, como o domínio no uso de ferramentas atualizadas e também de línguas estrangeiras. Além disso, é fundamental que o(a) profissional saiba lidar com questões sócios-emocionais e comportamentais.
Na PUCPR a EEH tem a combinação de Gestão, tecnologia e bilinguismo, o que deixa os estudantes ainda mais preparados, atualizados e alinhados com o mercado de trabalho. Além de ampliar as possibilidades de atuação.