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Destaque - 13 nov 2020

Escritório de Projetos da Escola Politécnica tem credenciamento renovado pelo MCTIC

Credenciamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações permite que a Universidade desenvolva projetos de P&D+I em parceria com empresas

Escritório de Projetos; P&D+I; credenciamento; escola politécnica; bosch

Em outubro, a Escola Politécnica recebeu a renovação do credenciamento do Escritório de Projetos junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC) por mais dois anos. O credenciamento permite realizar projetos de P&D+I com incentivos fiscais em parceria com empresas. Atualmente, o Escritório conta com cerca de 50 projetos em atividade e tem mais de 100 empresas parceiras, como Nokia, Nilko, Apple e Bosch.

A iniciativa é uma parceria entre a Escola Politécnica e a Hotmilk, Ecossistema de Inovação da PUCPR. O credenciamento é concedido para Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), e permite que as empresas abatam impostos por meio do investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Como funciona o Escritório de Projetos?

Fernando Luciano, Diretor da Hotmilk, explica que P&D+I significa a união entre Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Este tipo de projeto começa na Universidade, que é responsável por gerar o conhecimento com pesquisas e auxiliar no desenvolvimento da ideia. Já a inovação acontece dentro das empresas, indústrias ou governos parceiros, gerando um produto, processo ou serviço. “É a capacidade de resposta que a Universidade pode dar para as necessidades do mercado, por meio do conhecimento que ela possui”, explica.

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A Hotmilk é responsável por dar suporte às ideias do Escritório de Projetos desde a prospecção até a gestão e entrega, enquanto os professores e estudantes da Escola Politécnica executam o projeto. A iniciativa da parceria pode partir tanto da necessidade do mercado quanto da PUCPR. “Conversamos com empresas e entendemos quais são as necessidades delas, olhamos para dentro e buscamos a competência para apoiar na solução. Ou então, vemos o que está sendo produzido de pesquisa dentro da Universidade e pensamos em empresas que poderiam absorver essas tecnologias”, explica Luciano.

Os primeiros a se envolverem nos projetos são os professores-pesquisadores da Escola Politécnica, que desenvolvem a ideia junto com as empresas. Cada projeto tem um professor coordenador responsável. Em seguida, são ofertadas vagas para estágio ou bolsa de pesquisa para todos os cursos da Escola, contemplando estudantes de graduação, mestrado e doutorado que podem participar do processo seletivo.

Estudantes e professores na ponta do desenvolvimento tecnológico

“Como a maioria dos projetos são desenvolvidos dentro das empresas, o estudante se insere no contexto para compreender melhor o problema e propor uma solução”, explica o professor da Escola Politécnica responsável pelo Escritório, Anderson Szejka. A maioria dos universitários divide a carga horária do programa entre a PUCPR e a empresa, tornando os projetos uma oportunidade para ver na prática aquilo que é ensinado na teoria.

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Os benefícios da parceria entre mercado e Universidade atingem até quem não participa diretamente dos projetos. “O envolvimento dos nossos professores, que estão totalmente atualizados e na ponta do conhecimento, é levado para dentro da sala de aula depois, para todos aqueles que tiverem aula com eles”.

Participar das iniciativas também permite que os estudantes estejam em contato com o que há de mais novo no mundo da tecnologia, já que as empresas buscam a PUCPR justamente por não encontrarem a solução de seus problemas no mercado. “Há um ganho para a empresa, que gera resultado; para o estudante, que é capacitado colocando algo em prática; e para a Universidade, que está produzindo e difundindo conhecimento para beneficiar a sociedade”, conclui o professor.

Ganho acadêmico e profissional

Arthur Beltrame é estudante de Engenharia de Produção na PUCPR, e tinha acabado de voltar de um intercâmbio na Alemanha quando ficou sabendo da vaga para desenvolver um projeto de inteligência artificial no Escritório de Projetos, em parceria com a empresa alemã Bosch. “Eu já havia pesquisado sobre esse tema, pois fiz dois PIBIC Jr. quando estudava no colégio Marista e mais dois de PIBIC durante a graduação. Me interesso muito por indústria 4.0, então aceitei o desafio”, conta.

O projeto é desenvolvido desde agosto de 2019 por ele e mais uma estudante de mestrado da PUCPR, além do professor orientador. O grupo está criando um sistema inteligente que utiliza inteligência artificial e machine learning para prever falhas de montagem na linha de produção da Bosch. “Iremos economizar tempo, crescer em qualidade e diminuir erros, permitindo que haja mais produção”. A ideia chegou a ser apresentada em uma conferência online da Bosch mundial devido à inovação que traz inclusive para fora do Brasil.

Durante o projeto, Arthur desenvolveu habilidades que encontra como pré-requisitos em diversas vagas do mercado. Além disso, a oportunidade de aliar pesquisa e prática é muito importante para a carreira que ele projeta. “Eu quero fazer mestrado e, também, me vejo trabalhando na indústria. Serve para os dois lados”, conclui.

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