Indtechs são maioria das startups da Indústria 4.0 no Paraná
Mapeamento foi realizado por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) da PUCPR
As indtechs, empresas que desenvolvem soluções digitais voltadas ao desenvolvimento da indústria, são a maioria das startups paranaenses da Indústria 4.0. Foi o que identificaram pesquisadores do Grupo de Operações, Produtos e Estratégias Digitais (GOPED), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
“Startups 4.0 são aquelas de base tecnológica ou que utilizem tecnologias da chamada ‘Indústria 4.0’ em suas soluções, como Inteligência Artificial [IA], Big Data, Internet das Coisas [IoT], computação em nuvem e blockchain, além das tecnologias de front-end da Indústria 4.0, incluindo realidade virtual e realidade aumentada, impressão 3D, entre outras”, explica Dalton Kai, pesquisador e professor do PPGEPS da PUCPR.
Segundo o mapeamento, as indtechs respondem por 21,67% das iniciativas do segmento no estado, seguidas pelas healthtechs, voltadas a soluções para o setor de saúde com base na tecnologia, com 14,17%. Agrotechs, construtechs, cleantechs e fintechs completam a lista, com 10%, 6,67%, 5,83% e 4,17%, respectivamente.
A pesquisa ainda identificou como universidades, governos e a iniciativa privada podem contribuir para o crescimento das startups da Indústria 4.0. Em relação às instituições de ensino superior, as principais formas de contribuições são: capacidade empreendedora (33,33%), disponibilização de incubadoras e laboratórios (32,5%) e acesso à tecnologia (29,17%). Governos, por sua vez, podem contribuir com: recursos de subvenção (17,5%) e disponibilização de infraestrutura (9,17%). A iniciativa privada, por fim, costuma contribuir com investimentos anjo (29,17%), capital semente (25,83%) e aceleradoras (25%).
Em relação aos fatores críticos de sucesso para as startups alavancarem seu negócio, com possibilidade de mais de uma indicação de resposta, recursos sociais (63,3%) e de informação (50%) são os mais relevantes. Outras causas incluem capacidade de identificar e avaliar as oportunidades, capacidade de mobilização para capturar valor das oportunidades, colaboração, resiliência, autoeficácia, mentoria, exploração de conhecimento externo, exploração de conhecimento interno e investimentos privado
O relatório completo está disponível aqui.