Planejamento e persistência que levaram à Europa
Cristian fez intercâmbio na França e conquistou a primeira dupla diplomação da Escola Politécnica
Cristian Gustavo Ehalt poderia ter se conformado com uma boa formação pela PUCPR, mas escolheu fazer mais. Ele personificou o ditado “quem tem boca vai à Roma”, conhece? No caso ele foi, mas para a França. E voltou com dois diplomas: um deles brasileiro e o outro, francês.
Cristian foi o primeiro estudante da Escola Politécnica da PUCPR a conquistar uma dupla diplomação. Mas este caminho foi complexo, feito de foco, estratégia, comunicação e um pouquinho de sorte também.
Ele entrou no curso de Engenharia de Produção em 2014 e desde o começo sabia que queria ter uma experiência internacional. Por meio de um amigo ficou sabendo da Brafitec, uma parceria entre os governos brasileiro e francês, que promove o intercâmbio de estudantes entre universidades. Foi aí que entrou a comunicação: ele entrou em contato com o PUC International para saber se o programa estava disponível na PUCPR, conheceu outras as oportunidades de estudar no exterior, começou logo o estudo do francês no PUCPR Idiomas e se dedicou ao máximo nas matérias, para não ter dependências e conseguir as melhores notas.
Dois anos depois, Cristian embarcou para a França como intercambista da Université de Technologie de Troyes (UTT). E então ele acionou a estratégia: “Na época que viajei ainda não existia o programa de dupla diplomação com a minha universidade na França, mas como já tinha conversado com os coordenadores, sabia que havia a possibilidade de ela acontecer durante meu período lá, ou depois que eu voltasse. Então, quando fui para a UTT, montei a minha grade de matérias como se já fosse participante do programa de dupla diplomação”, explica.
Foi aí que a sorte colaborou com o esforço: logo que Cristian voltou da França, em 2018, a PUCPR formalizou a dupla diplomação com a UTT. Já preparado para isso (estratégia, lembra?), ele conseguiu validar todos os créditos necessários para garantir um diploma de master pela Université de Technologie de Troyes e um de graduação pela PUCPR. E isso tudo antes mesmo de se formar oficialmente, o que só aconteceria em 2019.
Logo que chegou ao Brasil, conseguiu uma oportunidade de estágio na área financeira da Volvo do Brasil e, hoje, Cristian trabalha como colaborador terceirizado da área de Projetos da Renault, em Curitiba. “O intercâmbio me ajudou muito na carreira. Percebo que as empresas valorizam esse tipo de experiência, porque você desenvolve habilidades como proatividade, comunicação e independência. Além disso, trabalhando em uma empresa de origem francesa, o fato de conhecer a língua e a cultura me ajudam muito nos projetos e na integração”, comenta.
Para quem está na faculdade e busca crescer profissionalmente, o conselho de Cristian é claro e ajuda quem tem dúvidas sobre o que fazer.
“Saiba o que você quer fazer da sua vida, tenha foco nisso, pratique outra língua e, se puder, faça um intercâmbio. Às vezes as pessoas ficam com medo, achando que vão perder tempo ou oportunidade de ganhar experiência de mercado se forem estudar fora, mas eu percebo que as empresas não veem dessa forma, pelo contrário, acaba sendo muito positivo. Seja proativo e converse com as pessoas para descobrir oportunidades. Incomode as pessoas certas”, brinca.
A Escola Politécnica conta com acordos de Dupla Diplomação para o curso de Engenharia de Produção, feito pelo Cristian, e para as Engenharias de Controle e Automação, Civil, Mecânica, e Química, além de disciplinas na modalidade English Semester. Você pode conhecer todas as iniciativas internacionais na página da Escola Politécnica.