Apesar de a taxa de pobreza ter caído entre 2021 e 2022, a pobreza extrema ainda atinge a maior parte da população em nove estados brasileiros, totalizando 70 milhões de brasileiros em condições precárias de vida, segundo levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Essa estatística mostra que, cada vez mais, passamos a virar a cara em vez de estender a mão para quem precisa, realizando completamente o contrário da recomendação de “se abrir à acolhida” proposta pelo Pacto Educativo Global.

Em vez de ignorar e rotular pessoas como “não cidadãos”, “semi-cidadãos” ou “excluídos”, o Pacto parte do princípio que uma sociedade saudável só existe quando todos são dignos de compaixão e solidariedade. Por isso, é preciso superar a cultura do descartável e incentivar a cultura da inclusão para tirar as periferias da invisibilidade.

Essa atitude é ainda mais urgente no Brasil, onde a pandemia da Covid-19 fez com que o número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza batesse recorde em 2021. A taxa de pobreza em 38,2% foi muito maior do que as estatísticas de outros países da América Latina, como Colômbia (6,6%) e México (3,1%), segundo as estatísticas do Banco Mundial.

Além disso, nove das 27 unidades da federação brasileiras têm a maioria da população em situação de pobreza, como Maranhão (58,9%); Amazonas (56,7%); Alagoas (56,2%); Paraíba (54,6%); Ceará (53,4%); Pernambuco (53,2%); Pernambuco (53,2%); Acre (52,9%); Bahia (51,6%) e Piauí (50,4%).

Nesse sentido, o principal problema das pessoas em situação de miséria é a falta de dinheiro para se alimentarem, como é o caso da vendedora ambulante Madalena Pereira, que mora numa comunidade na periferia de São Luís e foi entrevistada com exclusividade pelo G1. Portanto, é preciso propor ações sociais para reduzir essas barreiras, de forma a possibilitar a construção de uma cultura de paz mais inclusiva ao redor do mundo.

Uma dessas iniciativas é a Tem Gente com Fome, organizada pela Coalizão Negra Por Direitos em parceria com a Anistia Internacional, Oxfam Brasil, Redes da Maré e Ação Brasileira de Combate às Desigualdades. Juntas, as organizações lançaram uma campanha nacional de arrecadação de fundos para ações emergenciais de combate à fome, à miséria e à violência em todo o Brasil.

E você, conhece alguma outra iniciativa de combate à fome? Já pensou em doar um pouco do seu tempo ou do seu salário para ajudar esses movimentos a crescer e beneficiar mais pessoas? Conte pra gente nos comentários.