Médicos Veterinários do curso de Pós-Graduação em Acupuntura Veterinária da PUCPR, da Escola de Ciências da Vida, estão utilizando a técnica milenar da acupuntura para verificar quais são os benefícios para os animais de grande porte. Por meio dela, os profissionais tratam as dores no corpo dos cavalos, problemas respiratórios e complicações no sistema digestivo dos equinos.

Com o uso de agulhas, os médicos interferem em pontos especiais do corpo do animal, que geram respostas de regeneração, reparação e cura.

Os Proprietários de cavalos de atividade desportiva buscam o método com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do animal. De acordo com o médico veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da PUCPR, Pedro Michelotto, “A acupuntura mantém o bem-estar, a boa musculatura, e boas articulações. Também alivia o estresse e proporciona ao cavalo uma condição mais saudável e de bem-estar”.

A acupuntura já é reconhecida como uma especialidade na Medicina Veterinária. Por isso, a cada dois anos, a Associação Brasileira de Acupuntura Veterinária (Abravet) faz uma prova de títulos para reconhecer especialistas no método.

Os pesquisadores também avaliam os efeitos da acupuntura no processo de reprodução dos animais. A proposta deste estudo é induzir a ovulação com doses menores de medicamentos. De acordo com os pesquisadores da PUCPR, as análises mostram que por meio desta técnica e com uma redução de 70% dos medicamentos, a reprodução da égua também é bem-sucedida.

“Considerando que uma indução de ovulação varia de R$ 20 a R$ 40 reais, eu estou diminuindo cerca de 70% desse valor. Em um volume grande de éguas, você acaba tendo uma boa economia”, disse o professor de Reprodução de Equinos da PUCPR, Kadu Camargo.

Ambas as pesquisas e experimentos são realizadas na Fazenda Experimental Gralha Azul (FEGA), da PUCPR, local onde são realizadas as aulas práticas dos cursos de Medicina Veterinária, Agronomia e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA).

A Clínica Veterinária Escola (Unidade FEGA) conta com um rebanho didático próprio com 25 equinos e 30 bovinos, fruticultura, oleoricultura, pastagens e barracão de máquinas. Também destacam-se os setores de ovinocultura, cunicultura, suinocultura e o setor de bovinocultura leiteira, que tem a primeira ordenha robotizada da América Latina dentro de uma Universidade.

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