Carolina: uma alergia a levou ao Mestrado
Uma alergia na infância instigou a dúvida que conduziu a estudante ao curso de Farmácia na PUCPR
Carolina Yamada tem 21 anos e vai se formar em Farmácia na PUCPR, em 2020. Seria mais uma estudante na iminência da formatura, não fosse um detalhe: dois meses após colar grau, ela defende a dissertação de Mestrado. Mas como? Explico: ela é integrante do PIBIC Master, o programa que possibilita ao estudante cursar a Graduação e o Mestrado simultaneamente.
Mas as particularidades na vida de Carolina vão além. Por questão de semanas ela não é japonesa. Isso porque seus pais (Luciane e Akihiro), após sete anos vivendo no outro lado do mundo, decidiram voltar ao Brasil.
Pois bem. Malas feitas, embarcaram no avião e Luciane começou a sentir enjoos. Passou mal durante o voo e, chegando aqui, descobriu: em até nove meses Carolina viria à luz.
Aqui nasceu e viveu uma infância de sonhos e brincadeiras sem fim. Até que, aos 11 anos, descobriu-se com uma alergia a Amoxicilina, um antibiótico comumente utilizado para combater infecções. “Como pode um remédio, que era pra fazer bem, estar fazendo mal?”, lembra. As dúvidas levaram a pequena Carol a questionar a “moça da farmácia” sobre o porquê daquilo. Das conversas ao balcão, surgiu o desejo de estudar Farmácia.
Os anos se passaram, vieram as incertezas da adolescência e Carol chegou a passar no Vestibular para Direito. Fez a matrícula, mas não assistiu uma aula sequer. Foi na PUCPR, em 2016, que se encontrou com o curso dos seus sonhos.
De lá para cá, descobriu a iniciação científica e, da alergia na infância, chegou à pesquisa sobre antibióticos. Seus trabalhos a levaram ao PIBIC Master no início de 2019 e, desde então, começou a cursar disciplinas do Mestrado em paralelo à Graduação.
É uma trajetória que já deu meia volta ao mundo e segue surpreendendo. A festa de formatura de Carol só deve terminar com a celebração da dissertação já defendida, algumas semanas após a colação de grau. Imagine a festa!