O Curta-Metragem 13- Para Meninas da primeira turma de Cinema e Audiovisual da PUCPR aborda o impacto das redes sociais e a influência das celebridades no cotidiano dos adolescentes que estão em fase de transição para a vida adulta.

O 13- Para Meninas é um projeto audiovisual produzido por estudantes do Eixo Multicom – Cinema e Audiovisual da Escolas de Belas Artes da PUCPR pelo LabCine. O LabCine é um laboratório de produção audiovisual que oferta um edital interno de fomento à produção estudantil, coordenado pelos professores Suyanne Tolentino de Souza e Marcelo Munhoz.

A história do curta surgiu pela necessidade das estudantes Vivian Cardoso e Beatriz Litzinger, do curso de Cinema e Audiovisual da PUCPR, desenvolverem um projeto para o LabCine e que conversasse com situações que aconteceram durante suas adolescências. A produção do 13- Para Meninas foi toda composta por estudantes do Eixo Multicom da Escolas de Belas Artes, contando com uma equipe criativa majoritariamente feminina.

Para a diretora e roteirista, Vivian, o curta apresenta a temática geracional de que as meninas começam precocemente a serem sexualizadas por conta da constante influência social e da pressão externa de conteúdos, tanto culturais quanto midiáticos, a se tornarem um objeto de desejo para os meninos, tentando se encaixar em um padrão de mulher idealizada e inalcançável na sociedade, mas bastante presente nas redes sociais.

“As meninas também querem fazer parte desse padrão. Mas, quando a gente coloca que a mulher só vai ter valor quando ela for desejada por um homem, qual que é o valor de uma menina também? A trajetória da (protagonista) Alana, é permeada por essas questões enquanto ela perde a sua autenticidade em prol de se encaixar em um padrão e de parecer uma mulher, mesmo que ela nem tenha passado direito pela puberdade. E ela quer participar disso para poder se sentir preenchida e importante.” comenta a diretora.

Além da expectativa das estudantes, o professor Marcelo Munhoz, coordenador do LabCine e orientador do projeto, espera que os espectadores se identifiquem com a temática.

“O tema é super relevante e presente na vida da maioria das pessoas, de como a imagem pessoal ainda vigora socialmente para as meninas e mulheres que se impõe, e como isso entra em conflito com um processo que poderia ser muito mais natural”.

A partir da visão da psicóloga Maria Rafart, o 13- Para Meninas é um corajoso relato sobre o processo de dor que marca a adolescência, e a consequente entrada no mundo adulto, de uma mulher. “Ao longo do filme, a visão de mundo de Alana é socialmente construída – e eu diria destruída, também. Vemos como ela se transforma de criança perfeita em mulher de corpo imperfeito. Ao comparar-se com musas da internet, vê a si mesma como uma não-garota, uma não-seio, uma não-curvas. O que era sim, transforma-se em não”.

Todos os processos de produção do curta-metragem foram registrados nas redes sociais do 13- Para Meninas, Instagram: @13parameninas

O filme de curta duração estreia no sábado (03/09), na Cinemateca de Curitiba e será exibido exclusivamente para estudantes envolvidos com a produção, seus convidados e professores.

Serviço:

Curta-metragem 13- Para Meninas

Estreia: 03 de Setembro

Local: Cinemateca de Curitiba

O evento é restrito para convidados.