Nesta última terça-feira (25), aconteceu no auditório Gregor Mendel do Câmpus Curitiba da PUCPR, o lançamento do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Eletrônica Orgânica, que focou em debater as novas demandas de energia limpa.

Através desse debate, o objetivo geral do encontro foi sintetizar e caracterizar nanomateriais, novas moléculas, polímeros orgânicos e desenvolver dispositivos eletrônicos e optoeletrônicos orgânicos direcionados a aplicações nos setores de Energia, Meio Ambiente e Cidades Inteligentes.

O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Eletrônica Orgânica será desenvolvido no âmbito da parceria entre academia-indústria abordando questões ou problemas emergentes de interesse das unidades industriais do Paraná. Portanto, os estudantes e pesquisadores estarão imersos em ambientes que agregam inovação e empreendedorismo.

Segundo a Professora Michelle Sostag Meruvia, Coordenadora do NAPI pela PUCPR e representante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM) da PUCPR, “a participação da Universidade como instituição parceira neste Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Eletrônica Orgânica, irá colaborar desenvolvendo eletrodos poliméricos nano estruturados biodegradáveis para aplicação em sensores, tendo em observância a preocupação crescente com o meio ambiente e com a utilização de recursos naturais. A utilização de materiais biodegradáveis e não tóxicos, sintetizados seguindo os princípios da Química Verde, oferece uma alternativa para o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos recicláveis e biodegradáveis.”

“É uma oportunidade de contribuir com a sociedade através do desenvolvimento sustentável – com menos emissão de carbono e resíduos -, da redução do lixo eletrônico e do impacto ambiental. Esta ação visa, através do estreitamento das relações e colaborações entre instituições de ensino e pesquisa com a iniciativa privada, o fortalecimento da pesquisa e desenvolvimento tecnológico do Paraná, além de sua inserção no mercado de produtos de alta intensidade tecnológica”, comentou a Professora Michelle Meruvia.

O evento foi organizado por pesquisadores atuantes na área de Eletrônica Orgânica e Nanomateriais, que buscam dentro do setor produtivo o aumento da interface da pesquisa acadêmica. Para a composição da equipe foi crucial a conexão entre as expertises, junto com a infraestrutura disponível. Por fim, para buscar entender as falhas que surgem onde a Eletrônica Orgânica poderia ter tido algum efeito, foram realizados contatos, visitas técnicas e reuniões com dirigentes das empresas ou institutos de pesquisa da região.

Para todo esse trabalho Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Eletrônica Orgânica contou com pesquisadores das Universidades Estaduais de Londrina (UEL) e de Ponta Grossa (UEPG), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), da Pontíficia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), além de pesquisadores de fora do Brasil, como de Portugal e da Suécia.

Por fim, o novo arranjo também tem a parceria de instituições públicas como a Sanepar e Polícia Federal, assim como, do setor produtivo que conta com parcerias cruciais como a Bosch, a Grafeno do Brasil, LABGEO, o Lactec e a América R&D.