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Destaque - 21 maio 2021

Estudantes de Medicina da PUCPR fazem palestras sobre saúde em Escolas Sociais do Grupo Marista

Vivência faz parte da disciplina de Educação em Saúde e permite que os estudantes exercitem conhecimentos enquanto ensinam

Em 2021, a disciplina de Educação em Saúde do curso de Medicina da PUCPR ganhou um significado ainda mais especial. Em parceria com as Escolas Sociais do Grupo Marista, os estudantes do 3º período puderam exercitar suas habilidades didáticas enquanto contribuíram para trazer informação de qualidade sobre saúde e bem-estar para crianças, adolescentes e colaboradores das Escolas.

Como explica Ana Paula Modesto, uma das professoras da disciplina de Educação em Saúde, essas atividades costumavam ocorrer em postos de saúde e escolas municipais antes da pandemia. Porém, com o distanciamento social, a prática remota das palestras possibilitou atender Escolas Sociais até fora de Curitiba.

“A disciplina passa por três momentos: primeiro, os estudantes fazem uma entrevista com a escola, para entender quais as necessidades deles em relação a educação e saúde. Depois, preparam o material para a aula, e na semana seguinte apresentam para a escola”, explica Ana Paula. Cada turma atendeu de duas a três Escolas, e cada grupo de 5 a 6 integrantes trabalhou com um tema relacionado a saúde.

Cuidar também é ensinar

Santiago Camacho é estudante de Medicina e participou do projeto atendendo a uma Escola Social de São Paulo. Seu grupo trabalhou a temática “mitos e verdades sobre a Covid-19” com estudantes dos ensinos fundamental e médio, além de professores. “Abordamos desde como é a biologia do vírus, sendo o mais didáticos possível, com analogias e metodologias. Também tratamos sobre fake news e falamos de vacinação, pois eles tinham muitas dúvidas”, conta.

Para o estudante, ensinar também se mostrou um ato de aprender, pois enquanto ministravam as palestras, ele e seus colegas puderam aprofundar o conteúdo. O projeto do grupo de Santiago chegou a ser exposto no Congresso Paulista de Educação Médica após o sucesso com a Escola Social, e foi premiado com menção honrosa.

“Um grande problema que existe é que detentores do conhecimento nem sempre sabem passar essas informações de forma didática. Nós, como estudantes da área da saúde, temos esse papel social de repassar informações que aprendemos na faculdade”, ressalta. Santiago considera que a prática possibilitada pela disciplina tem muito a contribuir, tanto com estudantes que queiram seguir a área da docência, quanto com aqueles que precisarão se comunicar com pacientes para ensiná-los a se cuidarem.

Encontro do estudante Santiago Camacho e seu grupo com a equipe a Escola Social Irmão Lourenço.

Conexão dentro do Grupo Marista

Roberto Lucas Junior é coordenador pedagógico da Escola Social Marista Irmão Lourenço, que fica na cidade de São Paulo. O grupo de Santiago foi um dos que realizou as palestras remotas sobre saúde na instituição. Além da apresentação sobre mitos e verdades, os 222 estudantes e quase 50 colaboradores da Escola também tiveram aulas sobre autocuidado, ergonomia no ambiente de trabalho e saúde mental.

“O processo foi bem cuidadoso e participativo. As apresentações foram baseadas no conhecimento da escola, levando em conta o território que ocupamos, as principais vulnerabilidades e potencialidades”, conta o coordenador. A adesão dos estudantes da Irmão Lourenço às palestras foi alta, o que possibilitou que tivessem acesso a informações com base científica e pudessem tirar dúvidas sobre assuntos importantes.

Além disso, Roberto ressalta a possibilidade que os estudantes tiveram de vislumbrar o processo formativo no Grupo Marista como um todo. “Foi despertado um interesse em estudantes da educação básica de saber como é estar em uma universidade, e que eles também podem viver esse processo”, destaca.