Jogos Digitais: um leque de possibilidades que se abre para jogadores e profissionais criativos
Conheça as principais habilidades desenvolvidas durante os processos de criação e produção de jogos digitais
Era uma vez um vestibulando que estava pensando em cursar Psicologia ou Direito, mas ainda tinha dúvidas se conseguiria se encaixar em uma dessas carreiras. Até que veio a pandemia, o ano do terceirão foi diferente do imaginado e o plano B começou a ganhar força. “Eu comecei a pesquisar muito sobre a faculdade de Jogos Digitais. E acabei descobrindo que era exatamente o que eu queria”, conta Luiz Leão, que aos 19 anos cursa o quarto período de Jogos Digitais na PUCPR.
De jogador assíduo, atualmente ele passou também para o posto de criador de jogos. Um deles é o Alien Jump, que faz parte da modalidade endless running. Ou seja, um corredor infinito no qual o objetivo é sobreviver o máximo de tempo que o jogador conseguir. “Depois de muitas ideias, chegamos a um alienzinho que está fugindo dos humanos, pois ele foi mal recebido pela humanidade”, descreve Luiz, sobre o processo de elaboração que levou cerca de 5 meses, junto com seus colegas de equipe.
Habilidades técnicas e artísticas
Engana-se quem imagina que o curso é pura computação gráfica. Sem dúvida, essa é uma parte importante. Mas a visão, bem como a prática, é mais ampla.
“Dentro do curso, o pessoal está trabalhando não só com a programação, mas também com a parte de arte, de criação dos desenhos e cenários. Tem também a parte de música, que eles compõem trilha sonora, efeitos e todos os componentes de áudio de um projeto”, explica o professor José Geraldo Noronha.
“O curso vai te dar uma base, e um pouco do avançado também, de tudo que você precisa para fazer um jogo. Desde programação, design, fazer a história do jogo, criar um personagem que te envolva e viva uma história imersiva, criar o código, uma arte que seja atraente e bonita, a parte de relacionamento para os momentos de brainstorm”, observa Luiz.
Para o estudante, uma característica relevante é que o curso é muito prático. Isso permitiu que, no quarto período, ele já tivesse tido contato com um pouco de todas as áreas. “Tem a teoria também, mas a gente coloca a mão na massa, vai treinando e aprendendo cada vez mais”, destaca. Dessa forma, é um convite para exercitar a criatividade e experimentar.
PUCPR Game Show
Durante os dois dias de Planeta PUCPR, Luiz foi um dos estudantes que ajudou a apresentar o curso de Jogos Digitais. Vestido como um mágico, ele recebeu os futuros universitários e visitantes de várias idades para mostrar a exposição de jogos desenvolvidos pelos alunos da universidade.
Durante os dois dias da feira de cursos, a mágica não saiu da cartola, mas sim dos notebooks, controles e tabuleiros distribuídos pela sala Alan Turing, no Bloco Azul do Câmpus Curitiba.
“O nosso foco é buscar feedbacks. A gente está sempre buscando mais pessoas que consigam responder às nossas dúvidas. Por exemplo, se está boa a movimentação, se podia ser mais rápido ou se o jogo está muito lento. São os jogadores que a gente chama de playtesters. Então esses eventos são muito bons para isso”, revela Luiz.
De acordo com o professor Geraldo, geralmente há dois momentos de exposição no ano, para que os estudantes possam apresentar o que estão produzindo, como resultado de várias matérias. “Tem jogo de texto, jogo simples, em 2D, 3D, realidade virtual, até tabuleiro. Tem jogo experimental onde eles criam formas alternativas de controle. Também tem a matéria de jogos sérios, em que eles trabalham algum assunto bem específico. Seja na educação, seja na área da saúde. Por exemplo, jogos de simulação com realidade virtual, com objetivo de ensino ou de divulgação. Então a variedade que pode ser trabalhada é muito grande. Desde a diversão até o ensino”, destaca.
Tecnólogo ou Bacharelado em Jogos Digitais
Ficou interessado ou interessada em passear pelas diferentes etapas de produção de um jogo? A PUCPR oferece essa formação em três modalidades: bacharelado, tecnólogo e tecnólogo ao vivo. O primeiro com duração de 4 anos. O segundo e o terceiro com duração de 3 anos e meio.
O Bacharelado oferece uma formação geral, tanto na área de arte e programação quanto na formação do pesquisador em jogos.
No caso do tecnólogo, o professor Geraldo explica que o estudante pode escolher no que quer se especializar. “Então você entra, tem uma noção geral tanto de arte quanto de programação, e depois o curso divide em duas trilhas. Para que o estudante foque naquela que ele mais se identificou”, diz.
Por fim, o curso ao vivo é uma opção voltada ao estudante que deseja a experiência do tecnólogo, porém adaptada para o acompanhamento das aulas por meio de atividades online síncronas. Ou seja, pode ser uma boa alternativa para quem não mora na cidade de Curitiba e proximidades.
Escolha consciente
Terminando o segundo ano da trajetória acadêmica na área dos Jogos, será que o Luiz está feliz com sua escolha na PUCPR? “Hoje em dia eu não me arrependo. É uma das melhores universidades nisso, sem dúvida. O leque de habilidades e diferenciais que o curso dá é muito grande. E também tem muita demanda e mercado”, conclui.
Clique aqui para conhecer o portal de jogos digitais desenvolvidos na PUCPR.