Durante três anos e meio de curso, os estudantes aprendem a idealizar, projetar e implementar jogos digitais 2D, 3D e de Realidade Virtual para diversas plataformas. A trajetória de aprendizado contempla disciplinas de Programação, Raciocínio Lógico, Game Design, Sonorização, Ilustração, Modelagem 3D, Computação Gráfica, Gerenciamento de Equipes, entre outras.

Segundo o coordenador e professor do curso, Bruno Campagnolo, o primeiro ano da faculdade contempla disciplinas mais generalistas. No ano seguinte, sob a orientação dos docentes, os estudantes escolhem o caminho que desejam seguir no mundo dos jogos: programação ou arte. “A programação é a área que dá vida aos movimentos dos personagens e como eles irão se deslocar de maneira realista no jogo”, explica. “A arte dedica-se ao projeto dos personagens e dos cenários, cuidando de toda a parte gráfica e visual do game”, completa.

No curso, os estudantes são estimulados a desenvolver um jogo por semestre, em um modelo de ensino que preza pela prática e dá todo o suporte tecnológico. Ao sair da faculdade, eles estão prontos para atuar em um mercado mundial, onde as fronteiras simplesmente não existem. “O profissional não faz jogos pensando na sua cidade. Ele vai para o mundo. Quando ele insere um jogo em uma loja virtual, pode receber em dólar, então as possibilidades de crescimento são muito atrativas”, comenta Campagnolo.

Só para nerds?

Para quem acha que uma desenvolver jogos digitais é só para o público masculino com o estereótipo de um nerd, temos uma notícia: passe algumas fases, esse jogo já virou! “O perfil dos estudantes é abrangente. Vários já são formados em outras áreas e desejam montar novos negócios, outros atuam com tecnologia e buscam se reposicionar no mercado. Jovens, adultos, mulheres, homens – o público do curso é diversificado e nós gostamos disso”, conta o professor.

É claro, entretanto, que a paixão por jogos está no DNA de quem procura essa formação. Todos os anos, os estudantes do curso são convidados a participar do evento internacional Global Game Jam, cuja maior sede do Brasil é a PUCPR, onde centenas de pessoas se reúnem para desenvolver jogos em uma maratona de 48 horas. A maioria é movida por um encantamento genuíno pelo assunto, o qual está sempre em evolução e faz brilhar os olhos de empresários, jogadores e desenvolvedores ao redor do planeta.