Missa de 7º dia do Irmão Clemente acontece nesta sexta-feira (3)
Celebração homenageia Reitor Emérito da PUCPR
A comunidade está convidada a participar da missa de 7º dia de falecimento do Irmão Clemente Ivo Juliatto, Reitor Emérito da PUCPR, falecido no último domingo (29). A celebração será realizada na sexta-feira (03) às 18h, na Paróquia Jesus Mestre, e também é possível acompanhar a transmissão ao vivo pelo Youtube da PUCPR, disponível neste link.
Irmão Clemente dedicou 39 anos da sua vida à PUCPR, participando da docência, de pró-reitorias e da gestão universitária, estando à frente da Reitoria por 16 anos. Entre as suas contribuições para a Universidade, está a obtenção do título de Pontifícia, em 1985, a criação do Projeto Comunitário, do Diploma de Gente Boa, da idealização dos Câmpus da PUCPR no interior do estado, e da presença da maioria das obras de arte presentes na Instituição.
Leia a mensagem do Reitor da PUCPR, Irmão Rogério Renato Mateucci, durante a Missa da Esperança Cristã, em homenagem ao Irmão Clemente:
Estranhamente, a morte e o amor caminham juntos. São dois grandes mistérios que desvelam o sentido de nossas vidas. Irmão Clemente deparou-se com essas duas realidades. Honrou a vida. Amou e foi amado. E é por isso que hoje celebramos a sua “Páscoa”, a sua passagem. E realizamos tal celebração na fé e na esperança.
Sobre a morte, essa realidade vigorosa que nos causa medo e que suscita questões sobre a vida, não quero falar hoje. Quero falar brevemente sobre o amor. Quero falar sobre o grande amor do Irmão Clemente; ou melhor, seus dois grandes amores: a ciência e a transcendência.
Irmão Clemente amou profundamente a ciência, em sua acepção mais genuína. A ciência para ele foi uma vocação que o fez encontrar-se com Deus. A ciência foi para ele um trampolim, um convite para perceber que Deus age na história e age de modo humano. Prova disso é que, durante o tempo que atuou em nossa Universidade – 38 anos e desses 16 como Reitor – foi um visionário para a PUCPR. Sonhou, projetou e amou uma PUCPR do futuro, um câmpus repleto da sede do conhecimento. Podemos dizer que sua ciência e sua transcendência foram uma abertura para a Verdade.
Irmão Clemente amou e foi amado. E quando alguém experimenta na sua vida um grande amor, conhece um momento de redenção que dá sentido novo à sua vida. Ciência e transcendência foram os grandes amores do Irmão Clemente. Ele buscou uma “ciência com unção” e uma transcendência tecida pela busca. Deixará marcas indeléveis em nossos corações e no câmpus. Cada pequeno pedaço de nosso belíssimo câmpus possui um “dedinho” do Irmão Clemente. E somos imensamente gratos a Deus por tê-lo conhecido, por tê-lo como amigo e irmão.
Dizem que o silêncio é a primeira mortalha daquele que falece. Creio que com o Irmão Clemente tenhamos algo diferente: até mesmo sua morte é comunicante. A data de sua partida é marcada profundamente por três celebrações: faleceu no aniversário dos 67 anos da beatificação de Marcelino Champagnat; no mês de maio; e na Solenidade da Ascensão.
Em 1955, o Papa Pio XII inseria o Padre Marcelino Champagnat na lista daqueles que são referência para nosso viver cristão. Irmão Clemente foi um exemplo de irmão marista, de um irmãozinho de Maria que, por meio da educação, quis tornar Jesus Cristo conhecido e amado.
O mês de maio, na tradição da Igreja, é dedicado a Maria, a Boa Mãe. Irmão Clemente é acolhido no céu por aquela que o protegeu na terra.
A Ascensão é a festa em que lembramos que Deus veio ao mundo pela via do Amor e nos convida a retornar a Ele pelo mesmo caminho, o caminho do Amor. celebramos o fato de a carne humana sentar-se ao lado de Deus. Foi esse o trajeto e a história do Irmão Clemente.
E hoje entregamos nosso Irmão como uma semente, semente de sabedoria. Irmão Clemente honrou a vida; amou e foi amado.
Assista aqui a Missa da Esperança Cristã.