PUCPR oferece oficinas de empregabilidade para imigrantes
Ação aconteceu no último sábado (29) para 28 imigrantes
Como objetivo de colaborar com o processo de integração dos Imigrantes e Refugiados chegados em Maringá e Região Metropolitana e garantir sua autonomia e inserção no mercado de trabalho, a PUCPR, por meio do Núcleo de Projetos Comunitários e em parceria com a Associação dos Estrangeiros Residentes na Região Metropolitana de Maringá – AERM, realizou a “Oficina de Empregabilidade para Imigrantes”, no Câmpus Maringá, no dia 29 de setembro.
Luiza Duarte Pinheiro, Assistente Social da AERM, comenta que a questão da empregabilidade é muito complexa como questão cultural e isso precisa ser trabalhado. A profissional ainda relata que ações assim, como a oficina, trazem informações importantes sobre a postura esperada pelas empresas locais, além de mostrar quanto um currículo que traduza informações importantes e traga os diferenciais dos imigrantes pode auxilia-los a entrar no mercado.
De acordo com Lucas Barion de Oliveira, acadêmico de Administração que participou da oficina sobre currículos, ministrar a oficina foi um desafio. “Percebi que aqueles que vieram da Venezuela, por exemplo, possuem mais facilidade de se comunicarem e utilizarem o computador. Diferente dos imigrantes haitianos, pois muitos deles não possuem formação acadêmica ou até mesmo ensino médio, então sentem mais dificuldades de se adaptar ao mercado de trabalho brasileiro”, destaca.
Cerca de 28 participaram das oficinas que foram conduzidas por acadêmicos do curso de Administração, que neste semestre estão realizando a disciplina Projeto Comunitário. Foram abordados temas como mercado de trabalho; entrevista; apresentação pessoal; postura e elaboração de currículos a fim de contribuírem para a promoção humana e profissional dos usuários.
“Essa ação proporcionou um ganho para todos os lados. Essa integração com a área acadêmica colabora para o cuidado do imigrante e o refugiado. Por meio destas parcerias, muitos têm sido beneficiados”. Além disso, os acadêmicos também puderam ter contato com a realidade dos imigrantes e refugiados, e acredito que isso trouxe muita desconstrução e reconstrução de entendimento, conhecimento e paradigmas”, comenta Luiza Pinheiro.
Sobre a Associação dos Estrangeiros Residentes na Região Metropolitana de Maringá – AERM
A Associação dos Estrangeiros Residentes em Maringá em Região Metropolitana – AERM nasceu como o objetivo de dar voz aos imigrantes que residem em Maringá. Está formalizada desde março de 2018 e tem recebido apoio de inúmeras pessoas e instituições nas cidades em que atua. A AERM pauta suas ações em 5 eixos: Acolhida, Integração, Assistência Jurídica, Assistência Psicológica e Apoio Social.
Mensalmente a associação atende cerca de 200 pessoas/famílias de forma direta e cerca de 900 de forma indireta.