Robô colaborativo: colega cada vez mais presente na indústria 4.0
Estudantes de Engenharia de Controle e Automação da PUCPR desenvolvem diversas soluções robóticas para melhorar processos de produção
Você sabia que a cada 10.000 operários em fábricas do mundo existem cerca de 126 robôs industriais? A média foi calculada pela Federação Internacional de Robótica (IFR), em 2020.
Se por um lado a presença da tecnologia nas linhas de produção não é uma novidade, por outro, o movimento atual não está baseado na substituição do homem pela máquina, mas na colaboração.
Colaboração entre robô e trabalhador
De acordo com Anderson Szejka, professor da PUCPR há mais de 10 anos e coordenador do curso de Engenharia de Controle e Automação, essa é uma tendência, bem como um dos pilares da indústria 4.0.
“A robótica colaborativa é quando a gente pode trabalhar em conjunto com o robô. Essa é uma tendência da indústria 4.0, um dos pilares, que é a questão do operador, numa ação, num trabalho, poder interagir com o robô. Então, por exemplo, ele está fazendo uma etapa de montagem e o robô está fazendo uma outra parte. E ter essa colaboração”, explica.
Embora uma desconfiança comum que ainda paira a respeito da presença de robôs seja a ideia de que eles somente vão roubar postos de trabalho, é preciso pensar além. Em suma, a robótica auxilia no ganho de tempo e também no aumento da segurança para os trabalhadores. Principalmente nos casos em que os robôs atuam em atividades que demandam esforços manuais contínuos.
Além disso, os levantamentos da IFR demonstram que os países com maior presença de robôs não apresentaram aumento das taxas de desemprego. Pelo contrário.
Conhecendo a robótica
Durante o Planeta PUCPR, a feira de cursos realizada em 2022, o Bloco 9 do Câmpus Curitiba estava de portas abertas aos interessados em ver e mexer em robôs colaborativos e não colaborativos, saber como eles funcionam e conhecer melhor a estrutura e os cursos da universidade.
“Então, foi possível ter um pouco de contato, porque também são equipamentos que não são fáceis de ver no dia a dia. Não só os interessados no curso, mas outros estudantes que quiseram conhecer um pouco mais dessa área industrial”, conta o professor Anderson, que recebeu diversos grupos de alunos de Ensino Médio em um dos laboratórios de robótica.
Visão de futuro
O curso de Engenharia de Controle e Automação da PUCPR é reconhecido como o melhor curso privado do Paraná. Além disso, é o único deste tipo de graduação, no estado, que conta com a chancela da Accreditation Board of Engineering and Technology (ABET) – o que faz diferença para o alto índice de empregabilidade dos estudantes da PUCPR tanto no mercado nacional quanto na esfera internacional.
O curso é ofertado no Câmpus Curitiba, nos turnos da manhã e da noite. Ao longo dos 5 anos de duração, o estudante vai desenvolver uma visão sistêmica das organizações, sendo capaz de solucionar problemas de engenharia, participar de projetos estratégicos e agir na tomada de decisões.
Uso de robô em expansão
No Brasil, atualmente, o indicador de densidade robótica nas fábricas ainda é menor do que em outros países mais desenvolvidos. Mesmo assim, os profissionais especializados nesse tipo de trabalho, sobretudo do ponto de vista estratégico e da criação de tecnologias, têm sido cada vez mais requisitados.
Sem dúvida, é uma área que está muito aquecida, afirma Anderson. “Passando pela indústria, está chegando ao ponto de ficar carente de profissionais. Porque muitos profissionais estão indo para fora do Brasil e aqui está faltando gente”, explica o professor.
Quem mergulha no mundo da robótica pode traçar diversos caminhos: seja para se dedicar ao desenvolvimento de melhores processos e aproveitamento de recursos nas indústrias, seja para descobrir como as máquinas e os humanos podem, juntos, trazer ao mundo soluções para outros segmentos, como saúde, construção, educação inclusiva, etc. Quem sabe seu futuro não é inovar e descobrir caminhos nunca antes trilhados?
Saiba mais sobre a graduação em Engenharia de Controle e Automação. Bem como a Engenharia Mecatrônica.