Startup criada na PUCPR produz equipamento de proteção contra coronavírus
Protetor facial feito com impressora 3D evita que profissionais de saúde tenham contato com o vírus
Em momentos de crise, todos devem se unir e pensar como podem contribuir para a solução dos problemas. Foi este o raciocínio dos fundadores da BioPrint, startup criada no Programa Institucional de Bolsas de Empreendedorismo e Pesquisa (PIBEP) da PUCPR, ao decidir usar a impressora 3D da empresa para produzir protetores faciais com distribuição gratuita a profissionais de saúde.
A ideia surgiu quando os fundadores da startup, Giovana Rothert, estudante de Medicina Veterinária da PUCPR, Gabriel Beraldo, recém-formado em Engenharia de Controle e Automação, e a professora de Biotecnologia, Maria Cristina Vasconcellos, perceberam que poderiam faltar equipamentos adequados para as equipes de saúde durante a pandemia. “Vimos o modelo de protetor usado na Itália, procuramos um molde que já estivesse disponível abertamente na Internet, pesquisamos os materiais adequados e começamos a produzir na impressora da BioPrint, com as matérias-primas que já tínhamos à disposição”, explica Giovanna. Eles tiveram cuidado redobrado para encontrar materiais sustentáveis, que pudessem passar por esterilização ou higienização.
De acordo com a professora Maria Cristina, esse raciocínio orientado para a solução de problemas faz parte de todos do grupo. “Eu sou muito inquieta, assim como eles. Então quando surgiu a ideia eu pensei: se somos uma startup da área de saúde, por que não fazer?”, conta.
Já foram produzidos 10 protetores faciais e, agora, o grupo pede ajuda nas redes sociais para arrecadar recursos ou matérias-primas e desenvolver os equipamentos em escala. Eles já estão em contato com a Prefeitura de Curitiba para entender de que forma podem contribuir com a rede pública de saúde do município.
A BioPrint é uma startup criada em 2018, como resultado do PIBEP. O foco da empresa é pesquisa e desenvolvimento de biomateriais, em especial implantes ósseos que sejam totalmente absorvidos pelo corpo. A ideia inicial foi desenvolvida pelos estudantes e amadurecida durante o projeto, com o suporte da professora Maria Cristina.
Todas as informações sobre como contribuir com o projeto estão na página da Bioprint nas redes sociais.