5 erros de Português que podem prejudicar seu desempenho no Vestibular!
Mais comuns do que podem parecer, errinhos básicos de português podem lhe tirar preciosos pontos na prova de redação do vestibular – e, mais do que isso, dificultar sua vida profissional no futuro. Afinal, falar e escrever de forma correta é fundamental em qualquer profissão!
Sabendo disso, listamos a seguir cinco erros que, infelizmente, ainda são cometidos por muitas pessoas. Saiba quais são eles e tome cuidado para não cometê-los mais:
Agente e a gente
Nenhum dos termos está errado, mas eles têm significados completamente diferentes. Por isso, é importante saber quando usar cada um.
→ “Agente” (tudo junto) é um substantivo que se refere à pessoa que faz algo – por exemplo, o agente de trânsito ou o agente secreto.
Na prática: O agente de trânsito multou meu pai por excesso de velocidade.
→ Já “a gente” (separado) é uma locução pronominal formada pelo artigo definido feminino e pelo substantivo gente, usada como referência a um grupo de pessoas, substituindo a primeira pessoa do plural (nós).
Na prática: A gente vai ao parque amanhã.
Atenção: Apesar de se referir a um grupo de pessoas, “a gente” deve sempre ser seguido de verbo no singular! Como você viu no exemplo acima, a gente “vai”, não a gente “vamos”.
Há e a
→ O “há”, do verbo haver, deve ser empregado quando a sentença indicar o tempo passado (por exemplo: há muitos anos estive aqui) ou quando tiver sentido de existir (por exemplo: há uma cadeira nesta mesa).
→ Já a preposição “a” é utilizada quando o tempo for no futuro ou fizer menção a distâncias (por exemplo: daqui a dois meses vou viajar com meus pais OU o próximo posto de gasolina fica a dez quilômetros).
Para identificar qual das duas formas deve ser usada, pode-se substituir o termo (“a” ou “há”) por “faz” em expressões indicativas de tempo. Caso não altere o sentido da frase, usa-se o “há”.
Lembre-se que “há” indica passado, então nada de “Há muito tempo atrás”! Usar o há e o atrás é pleonasmo, isso é, redundante.
Mais e mas
Esta é outra dupla muito parecida, mas com significados diferentes. Vamos entender como deve ser o uso dos dois?
→ “Mas” tem sentido de contrariedade. Pode ser usado como um substantivo, uma conjunção adversativa ou um advérbio. Para o teste, troque o mas por alguma dessas outras conjunções: porém, contudo, todavia, entretanto. Se não alterar o sentido, “mas” é a opção certa.
→ “Mais” faz referência à soma e, na maioria das vezes, é utilizado como um advérbio de intensidade. Faça a troca, neste caso, por seu antônimo, “menos”.
Exemplificando o sentido das palavras: Carla é a mais (menos) bonita, mas (porém) Renata é a mais legal.
Meio e meia
→ “Meio” pode ser um advérbio de intensidade, quando utilizado no sentido de um pouco ou mais ou menos. Portanto, não pode ser flexionado para o feminino! É meio cansado e meio cansada. Dúvidas? Substitua por um pouco: estou meio cansada ou estou um pouco cansada.
→ Quando “meio” é usado como um numeral fracionário, isso é, com o sentido de metade, aí sim é permitido o termo no feminino. Por exemplo: comi meia pizza, ou metade da pizza!
Ah, em relação às horas, o certo é meio-dia e meia, pois trata-se de meio dia e meia hora!
Menos e menas
Diferente de todos os termos citados acima, somente uma das palavras deste tópico existe. Mas apostamos que você sabe qual é, né? Isso mesmo, é “menos”! “Menas” não existe! A palavra menos é invariável e não existe flexão em gênero ou número. Então, é menos canetas e menos livros!
Ah, aproveitando o tópico sobre palavras que não existem: risque da sua lista grafias como concerteza, ecessão, derrepente, nada haver! Nada a ver tudo isso! O certo é com certeza, exceção (x, c, ç!), de repente e nada a ver. Ok?
E aí, preparado para arrasar na redação? Faça da leitura e da prática da escrita rotinas no seu dia a dia. Assim, não tem como não arrasar na redação! 😉